- Área: 170 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Fernando Gonsales, André Sumida
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Fabricantes: Coral, Etna, Hugo Sigaud
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto se trata de uma reforma de uma antiga loja de bairro para uma marca de roupa masculina que anteriormente só trabalhava com vendas on-line. Como estratégia de marketing queriam uma loja física que refletisse seus ideais, Design Básico, Preço Justo e Sustentabilidade Social e expor o seu mostruário.
O projeto busca através de uma composição interessante de materiais básicos de construção chegar em um desenho ao mesmo tempo simples, elegante e refinado.
Trabalhando com tijolo pintado, madeira, cimento queimado, tela de aço; chegamos em um desenho que satisfaz o cliente, se identifica com a marca e chama os potenciais clientes para dentro da loja.
Para expor as peças de roupa desenvolvemos um sistema de barras de madeira e peças metálicas que se encaixam permitindo que a loja se adapte de acordo com a demanda da temporada, não dependendo de araras ou outro mobiliário para isso. Ou mesmo retirando todos as peças a loja pode se tornar um grande salão que pode receber quadros, ou uma outra decoração para outro uso, pois a loja não se resume em vender roupas, mas também se propõe a ser um ponto cultural e de entretenimento para a cidade, inclusive tem uma sala multiuso para esse propósito.
No nível superior se encontra o escritório dos sócios da marca, sala de reuniões e a sala multiuso, que já recebeu, festas, exposições e aulas de ioga. A marca aposta em uma propostas com fundo social e compra um kit escolar para cada peça de roupa vendida, portanto a necessidade ter um espaço onde fosse possível reunir pessoas para pensar juntas sempre foi imprescindível.
O design básico das roupas, tanto material quanto de desenho se reflete na arquitetura, com paredes de tijolos pintadas, que recebem os seus elementos arquitetônicos em sua textura natural e formas simples, que acabam se compondo e cumprindo o uso que lhe é esperado. As luminárias dispensam cúpulas espalhafatosas e simplesmente flutuam pelo espaço, enquanto o balcão se torna protagonista com seu desenho monolítico e divide o ambiente entre mostruário e provador; oferecendo também comidas, serve de balcão para os baristas que servem café, e eventualmente para o DJ em alguma festa.
Próximo da fachada temos a vitrine e as mesas para quem vai à loja atrás de um lugar para tomar um café observando o movimento da rua pela vitrine, ou sentar-se no banco da fachada vivenciando a cidade.
Um marco de madeira na fachada de tijolo aparente pintado de branco, serve de moldura para um luminoso da marca na janela da sala multifuncional. Janela que começa sobre a caixa da porta de enrolar que ao invés de ser um trambolho resultado de uma necessidade técnica, cobra seu lugar como elemento que equilibra a composição da fachada albergando a porta dentro de uma caixa de malha metálica, recebe a sinalização visual, e algum dia, pode receber uma planta trepadeira que tornará a fachada dinâmica, mudando de aspecto conforme o ano vá mudando de estações.