Descrição enviada pela equipe de projeto. Esse observatório astronômico privado encontra-se em uma remota montanha no centro de New Hampshire. O terreno é caracterizado pela presença de granito e está situado no centro de uma paisagem "escura" de cinco quilômetros de raio, com pouca iluminação para que não obstrua a visão astronômica.
O projeto de Gemma rejeita a tradicional cúpula a favor de uma forma arquitetônica sintetizada que maximiza o espaço utilizável e responde ao importante contexto geográfico. Sua forma continuamente facetada reflete a forma do relevo circundante e as plataformas de concreto no terraço são deslocadas entre a parte rochosa da montanha e a base da edificação, tecendo paisagens naturais e artificiais. Um padrão não convencional no revestimento de zinco, com costuras que mediam a topografia irregular do terreno e a geometria da edificação, reflete também a orientação de Gemma aos pontos de referência geológicos e celestiais. Sua dimensão e cor evocam uma relação material com o granito cinza enquanto sua capacidade de transferência de calor facilita a observação do céu ao minimizar a distorção pelo diferencial de temperatura.
Como contraponto ao exterior e seu contexto, o interior está revestido com madeira compensada de abeto, criando um refúgio e conferindo calidez ao entorno hostil. O primeiro pavimento está compostos por um escritório de pesquisa, um beliche para dormir e uma sala de aquecimento e está muito bem isolado para evitar que as diferenças de temperatura interior/exterior gerem redemoinhos de calor que impediriam a visualização astronômica. Uma escada helicoidal conduz desde a cobertura em balanço da entrada até uma fresta no revestimento que se abre para a plataforma de observação exterior. Continuando, a escada chega até a plataforma de observação principal dentro do volume facetado, seu interior é caracterizado por coberturas altas, um telescópio maior e um conjunto de câmeras. Uma única pessoa pode rotacionar esse elemento a mão com uma montagem que é utilizada tipicamente em instalações de fabricação de alta precisão. Um portão deslizante com manivela abre o telescópio para o céu. Uma fresta no revestimento de zinco cria uma janela de esquina, emoldurando a Polaris quando a torre está bloqueada na posição cardinal sul.