- Área: 1060 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Simone Bossi
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Fabricantes: Artwood srl, Carmine Pagano srl, Saverio srl
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto tem como objetivo recuperar e integrar um antigo terreno, já utilizado como um orfanato, construído em um terreno montanhoso e próximo ao antigo centro de São Miniato. O projeto "Casa Verde" foi assim nomeado por conta de seu valor histórico e social: casa remete ao lar, ao orfanato e verde remete à floresta de carvalhos próxima. Além disso é um projeto que se conecta:
1. Se conecta à vegetação pelo estudo dos vários tons da cor da folha em diferentes estações;
2. Com as "hóspedes" ao imprimir seus desenhos na fachada de vidro;
3. Com a cidade ao reutilizar "vicoli carbonai" - caminhos de carbono que não são apenas necessários para a manutenção da topografia, como também tradicionais na região;
4. Com a luz natural a partir da escadaria principal;
5. Com as históricas e centenárias árvores ciprestes próximas a estrutura;
6. Com a arte a partir da colaboração do artista MERCURIO-S17S71 que pintou os perfis das "hóspedes" resultando na coleção de arte contemporânea chamada "Shamans".
Este edifício é parte de um projeto maior que engloba todo o terreno e está quase finalizado, faltando apenas o laboratório da parte sudoeste, que será concluído, de acordo com o calendário, em 2018.
A ideia principal do projeto é proteger, tanto a forma quanto os materiais da planta original, como é possível ver na geometria do telhado. Ao mesmo tempo, pretende-se também enfatizar as extensões com formas, materiais e cores condizentes com a cultura contemporânea.
Durante o processo de projeto a consciência de trabalhar dentro de um sítio frágil ajudou. Escolhemos trabalhar com a cor verde não homogênea na segunda camada das fachadas para investigar a habilidade de se inserir e mitigar o novo volume no contexto. Esta fachada ventilada não tem somente um valor estético, mas também promove diferentes níveis de leitura: os painéis perfurados dão nitidez quando se está próximo ao edifício e imprecisão quando são vistos de longe.
Os painéis perfurados e as aberturas na fachada principal exaltam o relacionamento entre espaços internos e externos: A luz natural é filtrada por micro-diafragmas, criando internamente, na escada principal, um ambiente confortável. Ao mesmo tempo, as aberturas na fachada principal criam dois telescópios óticos que projetam os visitantes tanto no histórico acesso à antiga casa, quanto na antiga casa de fazenda que está sendo reformada.
Os espaços internos, dentro de sua simplicidade, queriam recriar a sensação de estar dentro de uma sala de lã cardada, considerando sempre ser um espaço que recebe pacientes com distúrbios neuropsiquiátricos. Para isso foi utilizada a cor cinza claro, código 7074, com linhas coloridas em verde, azul e laranja, formando três diferentes zonas onde as meninas podem viver de acordo com o grau de sua condição. As mesmas cores verde, azul e laranja estão também presentes em detalhes de mobiliário e ícones de direção presentes nas paredes e portas para sinalizar os diferentes espaços e funções, como refeitório, sala de TV, sala de estar, ginásio, centro médico, lavanderia, cozinha, e etc.