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Arquitetos: Oppenheim Architecture, Studio Arthur Casas
- Área: 9734 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Fernando Guerra | FG+SG
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Fabricantes: Hunter Douglas, Ambient Air, Arquivo Vivo, Avanti, Bertolucci, Branco e Preto, Casa do Futuro, Casas Edições, Casual Móveis, Clamon, Comlux, Daikin, Decameron, Dimlux, Franccino, Kimi Nii, La Novitá, Lumini, Luritec, L´oeil, +9
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Hotel Emiliano chega ao Rio de Janeiro e, assim como em São Paulo, carrega a assinatura do Studio Arthur Casas – a estrutura preliminar do projeto possui co-autoria do arquiteto americano Chad Oppenheim.
A arquitetura contemporânea do edifício, localizado em frente à Praia de Copacabana, dá prioridade a luz natural, valoriza a vista e conecta os visitantes à Cidade Maravilhosa. Para atender as expectativas estabelecidas pelos clientes no briefing, em que consta um projeto de um hotel 5 estrelas cujo térreo pudesse ser desfrutado por hóspedes e não-hóspedes, um bar foi instalado diretamente na entrada. Assim, o fluxo de pessoas é redirecionado em dois caminhos diferentes: um leva ao restaurante ou ao centro de negócios, e outro leva à recepção, com uma área privada aos hóspedes.
O Hotel também abriga um spa, localizado no 11. andar, próximo às saunas, chuveiros especiais e academia. Há ainda uma área de lazer localizada na cobertura, na qual um deck e uma piscina de borda infinita foram instalados. Esse último andar oferece, ainda, uma vista espetacular que vai do Leme até o Forte de Copacabana.
De acordo com a lei que limita a altura e a distância de edifícios construídos próximos à orla – devido a sombra que podem lançar na praia -, o edifício localiza-se em um terreno de 956,35m² e tem um total de 9,734,37m² divididos em 12 andares, dos quais 90 apartamentos variam de 42 a 120m².
Com um design vibrante, a fachada merece ser destaque. Inspirado nas curvas da paisagem do Rio de Janeiro e desenhado exclusivamente para esse hotel, os elementos vazados (conhecidos como cobogós) sobrepõem todo o edifício e quebram a continuidade dos blocos de concreto das construções vizinhas. Esse gesto dá identidade ao projeto e eleva o Emiliano ao status de referência na Praia de Copacabana.
Os painéis, ventilados pelo ar marinho e à prova d’agua, foram desenvolvidos em moldes metálicos com fibra de vidro injetada em dois padrões diferentes, através de uma tecnologia específica. Fixados em esquadrias com abertura semelhante a de portas dobráveis, podem ser completamente abertos na varanda dos quartos, criando diferentes configurações de fachada. Quando fechados, os painéis garantem privacidade aos apartamentos, sem perder a ventilação e iluminação natural ou ainda a vista da paisagem. Do ponto de vista de um hóspede localizado na varanda, os cobogós funcionam como janelas nas quais se consegue avistar o mar perfeitamente.
O interior remete ao modernismo brasileiro e foi projetado a fim de harmonizar elegância e conforto com a informalidade carioca. Um painel do artista e paisagista Roberto Burle Marx é exibido na recepção, e serviu como inspiração inicial a Arthur Casas enquanto desenhava os ambientes internos. Os tecidos e texturas do saguão e do mobiliário dos dormitórios foram escolhidos em tons de verde presentes no painel, prestando homenagem à natureza da Baía de Guanabara. Toda a decoração do Hotel tem elementos que valorizam os tempos dourados da boemia carioca com peças de designers de renome dos anos 50, como Sergio Rodrigues, até designers contemporâneos, como a italiana Paola Lenti.
Entre eles, alguns do próprio Arthur, como as banquetas metálicas tecidas com palha de banana, as mesas das suítes feitas com fragmentos de mármore e as Cadeiras Lampião, constituintes da decoração do restaurante principal. O arquiteto ainda desenhou os painéis tridimensionais em madeira, presents nos elevadores. Quanto à iluminação, o objetivo é revelar a arquitetura através de lâmpadas lineares e luz indireta. Nos revestimentos, cores claras prevalecem sobre os materiais 100% brasileiros – como a palha natural, madeira de carvalho branco, mármore branco do Paraná, granitos e pedras. O paisagismo aparece no interior através de jardins verticais. Na cobertura, a vegetação foi cuidadosamente selecionada devido à ação do vento e da umidade marítima. No térreo, o verde abundante reproduz a ambiência da Floresta Atlântica e abraça o restaurante, enquanto uma segunda composição é criada na área privada dos hóspedes, remetendo a um passeio no Calçadão de Ipanema.
O projeto arquitetônico é, portanto, uma homenagem às belezas naturais da capital do Estado do Rio de Janeiro e um convite aos hóspedes para aproveitar, do melhor modo possível, os serviços e ambientes do Emiliano Rio.