- Área: 340 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Aryeh Kornfeld
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Fabricantes: Rothoblaas, Nuprotec
Descrição enviada pela equipe de projeto. Esse projeto localizado no interior de Parral, a 350 km ao sul da cidade de Santiago, é requerido por uma família de agricultores que trabalha e vive nessas terras agrícolas. O encargo consistia em uma moradia que reconhecesse e incorporasse no seu desenho, a paisagem e a cultura dessa região ao sul do Chile. Para o desenvolvimento do projeto, parte-se de 3 perguntas que definem a arquitetura do projeto e sua relação com o contexto.
Quem constrói?
A condição imposta é que essa moradia, no interior de Parral, possua uma relação com o lugar e com a cultura. Além do que o projeto propõe, utilizou-se mão-de-obra local, por isso a importância de conhecer suas habilidades e definir, ao mesmo tempo, uma arquitetura que permita transferir esse mesmo conhecimento e habilidade para a obra. O difícil acesso a certos materiais condiciona e fomenta o projeto, desse modo os ofícios mais tradicionais são mantidos ativos, nesse caso, a carpintaria é uma das práticas na qual se tem mais experiência. Ela está relacionada a grande disponibilidade de madeira que é explorada e elaborada nessa mesma área próxima a cordilheira. Dessa forma, surgem as condições que oportunizam a construção da obra, entendida como própria da sua paisagem e cultura.
Como se constrói?
De acordo com as condições estipuladas, propõe-se um sistema construtivo mono-material, sintético e de variações limitadas. Partindo da referência dos galpões de madeira da região, desenha-se uma estrutura composta por 4 elementos que organizam e são alternados segundo a relação que cada recinto deve estabelecer com o lugar. Esse gesto simplifica a armação e a montagem da estrutura segundo as etapas que são definidas a partir de uma série de diagramas. Durante a obra, todas essas etapas foram acompanhadas por uma série de desenhos que permitiram simplificar ainda mais o processo construtivo junto aos mestres de obra.
O que se constrói?
A mesma referência dos galpões é entendida como uma estratégia para inserir o projeto dentro da escala da paisagem. A residência é construída como um corpo perfurado estendido, maximizando dessa maneira seu comprimento. Além disso, esses galpões dobram-se em direção à paisagem de maneira a medir, por uma parte, o comprimento dos espaços interiores, e por outra, a extensão da paisagem mais próxima ao projeto. Finalmente, essa ordem espacial define amplos recintos que são revestidos de madeira, em tábuas contínuas que percorrem todos os muros, unificando e consolidando o espaço interior desde onde se reconhece o campo.
