Descrição enviada pela equipe de projeto. Esse projeto é um pavilhão de exposições apoiado por Longfor Real Estate e a empresa de esquadrias Orient Sundar, dentro do qual as estratégias de arquitetura sustentável e as técnicas de construção vanguardistas poderiam ser apresentadas ao público.
O pavilhão está localizado em uma grande área verde às margens do rio, onde projeta-se um parque urbano para o público. No sul do terreno, existe um açude seco, repleto de álamos. A primeira impressão ao visitar o terreno é a luz do sol projetando sombras entre as árvores, por isso, o ponto de partida no trabalho de desenho é criar uma cena na qual a edificação possa fundir-se com o entorno natural.
Enquanto isso, o pavilhão está direcionado à certificação de obra passiva. De acordo com a norma PHI (Passive House Institute), a edificação deve ser desenhada para ter uma demanda anual de calefação calculada com o "Pacote de Planejamento" de não mais de 15 kWh/(m²a), a edificação não deve ter mais saídas de ar do que 0.6 multiplicado pelo volume da edificação por hora (n50 ≤ 0.6 / h) a 50 Pa (0.0073 psi) segundo os testes com uma porta de ventilação.
Esses padrões estritos limitam muito o isolamento da edificação, a área de aberturas e janelas, a hermeticidade das esquadrias, as pontes térmicas e, inclusive, o coeficiente racional de forma e figura do espaço. Essas limitações fizeram com que o trabalho de desenho não fosse tão livre como de costume.
Durante todo o processo, adotam-se estratégias de desenho holisticamente sustentáveis em diferentes níveis de desenho.
Para melhorar o rendimento térmico, o lado norte da edificação está protegido com terra. A forma do pavilhão mistura-se com a topografia da paisagem, o que faz com que a fachada norte do pavilhão seja camuflada por completo na paisagem natural.
As perdas térmicas da edificação são muito reduzidas devido a proteção de terra, em comparação com o isolamento da obra. Ao mesmo tempo, o lado sul está feito com parede de vidro, que poderia funcionar como coletor solar no inverno para calefação passiva e como espelho, refletindo claramente o entorno que o rodeia para ampliar a paisagem natural. Dessa maneira, o lado norte do pavilhão está oculto na paisagem topográfica e o lado sul está oculto no reflexo das árvores e arbustos das paredes.
O desenho do pavilhão responde o princípio de sustentabilidade. O espaço interior está no norte e na parte alta do sul, o que se relaciona com a distribuição de funções. Os espaços superiores são para exposições e os espaços inferiores são para salas de serviço e equipamentos. A parede de vidro, que forma toda a fachada sul, poderia contribuir com o calor no inverno, enquanto no verão, o sistema de proteção solar funciona automaticamente, seguindo a orientação da luz solar, evitando que o espaço interior superaqueça.
A claraboia no átrio traz luz solar durante o dia e abre-se para a ventilação natural durante a noite. O sistema de ar fresco também aproveita a forma particular do espaço interior, igualando o princípio de ventilação. As saídas de ar fresco estão localizadas nos espaços mais baixos, como a área do corredor no norte a parte inferior das escadas e nas demais entradas de ar, que estão localizadas na parte superior sul, o ponto mais alto no espaço interior.
O protótipo básico do pavilhão é feito com dois elementos, um átrio em forma de círculo que se insere no corpo principal. Além da rota de exibição comum, o átrio também traz outra rota para os visitantes, criando uma experiência para o espaço da paisagem. O átrio conecta a paisagem exterior com os espaços interiores, esfumaçando os limites entre o interior e o exterior, o térreo e o primeiro pavimento, o entorno artificial e o entorno natural.
Para criar uma experiência mais interessante em uma forma geometricamente pura de construção, são estabelecidas duas características artísticas principais dos jardins tradicionais chineses no desenho. Uma é "cenários variados com pontos de vista mutáveis" e a outra é "cenas emprestadas".
A circulação da exposição começa desde a sala do hall na esquina sudoeste, movendo-se em sentido horário ao redor do pavilhão. Em cada ponto de inflexão, haverá uma paisagem oposta para atrair a atenção do visitante instigando-o a seguir em frente. O jardim de água da chuva na parte noroeste é um exemplo típico. A janela na mesma lateral é um lugar relaxante que proporciona à sala de exposições no subsolo, uma vista aberta do jardim. A cobertura é levada até o jardim, irrigando a vegetação camada por camada e misturando-se com a terra no jardim. Os grandes degraus do átrio mostram vistas panorâmicas cuidadosamente planejadas.
De norte a sul, o mirante é alto, sobre a praça e em direção ao bosque, enquanto de sul a norte, um caminho com ampla abertura e extremos estreitos bloqueia a vista fazendo com que as pessoas subam as escadas até chegar no estreito final com janelas de piso a teto que passam através do terraço ao ar livre, acima do terreno. Após isso, existe um caminho incorporado no terreno. A parede lateral de aço cortén, que divide o terreno em diferentes profundidades, cria uma vista mutante entre a grama e as flores.
Como resultado, esse projeto foi certificado como uma obra passiva em desenho e construção pelo Passive House Institute na Alemanha. Ele converte-se na primeira arquitetura de exibição certificada por PHI na Ásia. O significado mais importante para a equipe de desenho é que o projeto não está centrado nos parâmetros técnicos ou está limitado pelo requisito estrito do PHI, mas se esforça ativamente para criar um protótipo de espaços com estratégias sustentáveis e interesse arquitetônico.