- Área: 120 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Pedro Napolitano Prata
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Fabricantes: Amazonas Pedras, Dumax Brasil, Ferronor, Intercity, Ladrilar, Suvinil
Descrição enviada pela equipe de projeto. O primeiro diálogo que tivemos com os clientes, um casal jovem, foi para ajudá-los a decidir pela compra da casa. Avaliamos o contexto da legislação no bairro e a partir daí começamos a traçar a estratégia do projeto em conjunto. Descobrimos nas pesquisas que a casa foi construída na década de 40 e que fazia parte de um conjunto de cinco unidades geminadas, que compartilham o mesmo telhado, mas cada uma tem a sua particularidade resultante das diversas reformas e adaptações executadas ao longo do tempo.
No contexto urbano, o bairro do Jardim Paulistano é tombado pelo CONDEPHAAT, conselho de defesa do patrimônio histórico estadual, que nos colocou algumas condições de projeto, como por exemplo: criar uma grande porcentagem de área permeável no terreno, garantir o número mínimo de árvores e manter a memória do conjunto das casas.
Sobre as necessidades da nova casa, os clientes nos pediram um desenho flexível que suportasse mudanças na família, iluminação e ventilação naturais, espaços generosos e integrados, um segundo banheiro no andar superior, um lavabo e que todas essas alterações valorizassem o imóvel para uma futura negociação.
O ponto de partida do projeto foi a demolição de diversas paredes estruturais de tijolo maciço. Com as paredes demolidas, fizemos reforços estruturais com vigas e pilares metálicos. Esse procedimento permitiu inverter a lógica comum de organização do espaço residencial da década de 1940: a cozinha passou a ocupar a parte da frente da casa e foi integrada com a área de convivência que ficou voltada para o fundo, onde se abre para o jardim e para a nova edícula que abriga a lavanderia e o lavabo.
No espaço lateral, anteriormente um quintal impermeável, desenhamos o acesso ao andar superior: uma escada metálica com viga central e degraus em madeira cumaru com um pequeno jardim interno sob ela. A parte íntima da casa foi pensada com três quartos e o novo banheiro coletivo. Dois dos quartos foram abertos para o corredor que é iluminado por uma grande fachada de vidro - que se estende até a área de convivência no andar térreo - e o terceiro quarto, a suíte, tem relação direta com a rua.
O piso de tacos deste andar foi retirado de um edifício em reforma no centro da cidade e recebeu o tratamento adequado para ficar com um novo aspecto. Para a casa ganhar identidade, toda nova estrutura metálica foi pintada de amarelo. Essa ação animou os vizinhos a pintarem suas casas, dando ao conjunto histórico uma nova linguagem, com cores diversas. As casas coloridas, hoje, animam uma esquina do Jardim Paulistano.