- Área: 150 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Tatjana Plitt
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Fabricantes: Grazia and Co, Hafele, Handles Plus, Light project, MAXI Plywood, Radial Timbers, Urban Salvage
Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizada em Rye, na Península de Mornington, a Residência Dark Light é a modesta ampliação de uma casa familiar projetada e construída no final dos anos setenta. Apesar de ter sido originalmente construída como uma casa de férias, os proprietários encomendaram um espaço adicional para viver, mas não nos moldes dos detalhes e características da original. Nosso projeto conecta a ampliação à esquina e cria uma jogada entre claro e escuro, leste e oeste, novo e antigo. Através de uma intervenção menor do que a existente e um pequeno anexo, se reinventa toda a casa. O todo é maior do que a soma de suas partes.
A casa de férias original, projetada por Peter Fawns em 1966, possui os traços de casas bem planejadas e eficientes. Ela estava notavelmente intacta e tinha mudado muito pouco com o tempo, com exceção de uma reforma no banheiro. A característica favorita dos clientes é o teto de madeira que desenvolveu uma rica pátina nos últimos 50 anos.
Como casa familiar permanente, a residência precisava de uma separação dos hábitos e atividades, e a cozinha original -no entanto reformada- também não estava fazendo honra à vida familiar diária. A encomenda consistia em proporcionar um segundo espaço habitável e uma nova cozinha; o orçamento foi limitado e gerido com cuidado, sem mudanças desde o início do projeto até sua finalização. Apesar disso, o componente mais importante da proposta foi o fato de que a casa original deveria ser alterada o menos possível. A suposição era que a cozinha seria atualizada em sua localização atual com um espaço de estar agregado a leste.
Nossa proposta foi implantar um novo pavilhão que criasse um local para comer, viver e cozinhar, e, ao mesmo tempo, se transformasse na nova entrada frontal e ponto de acesso ao pátio posterior. Com a tentativa de conectar-se à esquina nordeste do original, o anexo entra no jardim, permitindo que a sala de estar demarque uma árvore Moonah, que foi particularmente apreciada pelos clientes. O novo pavilhão duplica o tamanho da área de vida original, proporcionando espaços de refeições e de estar, tanto na parte original, quanto na nova.
O anexo foi projetado para complementar o projeto original, referindo-se a ele, mas não imitando-o. A intenção era criar contrastes, mas não de forma direta. Foram consideradas as influências do desenho e as técnicas de construção do projeto original, particularmente da arquitetura japonesa, as paredes de vidro que são parte das barras transversais estruturais do caixilho da janela e os pés-direitos baixos com generosos beirais.
O anexo se detém à ideia de que a cobertura é a característica principal do espaço. Uma estrutura de telhado defletor de vigas de madeira proporciona a sustentação para um vão livre que se transforma no princípio de ordenamento para o plano abaixo. O envidraçamento orientado para oeste continua a linha da parede da janela orientada originalmente para leste, as telas de correr de madeira permitem aos ocupantes controlar o sol da tarde de verão, enquanto a laje de concreto polido proporciona massa térmica no inverno.