- Área: 1000 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Jens Markus Lindhe
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Fabricantes: Bega, Carl Hansen, Krone, Louis Poulsen, Moelven, Schüco, Vola, Winckelmans, Winkelmann
Descrição enviada pela equipe de projeto. Em uma pequena ilha rochosa do mar Báltico, encontra-se Hammershus, o maior castelo em ruínas do norte da Europa. Nesta ilha chamada de Boríngia, um novo edifício foi construído para acolher o crescente número de visitantes em um dos sítios históricos mais visitados da Dinamarca. Depois de quase cinco anos do lançamento do projeto, os visitantes agora podem usufruir de modernas instalações, sentar no café para apreciar a vista de Hammershus e a paisagem circundante, ou acessar o mirante na cobertura em meio à natureza. O centro de visitantes destina-se a ser um edifício discreto em relação à exuberante mata nativa que o cerca e as ruínas do castelo. Precisamente, a discrição era uma exigência do projeto, o que levou os arquitetos a desenvolver uma obra precisa e delicada.
O edifício foi projetado com linhas simples e materiais duráveis, como o carvalho local de Bornholm, que desempenha um papel fundamental no conjunto da obra. A arquitetura explora a materialidade da madeira através da estrutra e revestimentos assim como no design dos móveis e acessórios exclusivamente projetados para este edifício. A atmosfera do interior contrasta fortemente com as paredes externas e internas do concreto aparente, criando uma estrutura convidativa e aconchegante para os visitantes. Acima, o mirante da cobertura marca o início do percurso, com uma passarela que flutua sobre o terreno em direção à ruína do castelo, revelando perspectivas incríveis ao longo do caminho.
"Este projeto se desenvolveu de uma maneira muito interessante, partindo de objetivos e diretrizes muito claras. Escolhemos projetar um edifício utilizando materiais específicos do local, além da preocupação em criar um ambiente convidativo para os visitantes. Este deve ser um lugar onde todos se sintam bem-vindos e onde a arquitetura seja facilmente assimilada”, diz Poul Schülein, sócio do Arkitema.
Cobertura acessível com vistas únicas
A topografia da paisagem montanhosa foi um dos principais elementos naturais incorporados pelos arquitetos no desenvolvimento do projeto. Assim, com uma arquitetura que se encaixa na paisagem, mimetizando-se com a natureza, o centro de visitantes fica praticamente invisível para quem se aproxima de Hammershus. Com isso o edifício não procura ocupar um lugar privilegiado nem chamar à atenção para si, mas ainda assim, o mirante na cobertura permite ao visitantes explorar as vistas fantásticas da ilha e seus arredores.
A estrutura leve do edifício permite amplas aberturas e iluminação natural dos espaços interiores. O edifício foi projetado como um longo percurso caminhável repleto de espaços de encontro. Um amplo espaço público que devolve algo à mais ao sítio histórico que o acolhe, abrigando os visitantes durante todas às estações do ano.
“Partimos desta arquitetura topográfica, com uma cobertura acessível para maximizar a experiência dos visitantes sem causar grandes impactos no terreno natural, ocultando o edifício em meio à paisagem rochosa. A cobertura torna-se assim uma parte fundamental do projeto integrada a rede de caminhos do parque. Em outras palavras, oferecemos aos visitantes uma oportunidade à mais que não seria possível sem o centro de visitantes. Para nós, é importante que a arquitetura esteja à serviço desta paisagem histórica e dinâmica, na qual os visitantes podem desfrutar de outras oportunidades para explorar o ambiente natural e as ruínas do castelo”, explica Poul Schülein.
O Arkitema Architects foi responsável também pelo serviço de consultoria do projeto, realizado em colaboração com a Arkitema Urban, o Professor Christoffer Harlang e a Wissenberg A/S.