Descrição enviada pela equipe de projeto. A BACCO Arquitetos é o escritório que assina o projeto do Novo Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, inaugurado no ano passado. O escritório assina a reforma do terminal de passageiros existente e o projeto arquitetônico do novo Terminal, que propôs a instalação de diversas áreas comerciais na sala de embarque, conceito já utilizado em outros aeroportos no mundo.
O projeto do Terminal existente, elaborado pelo arquiteto Milton Ramos, é um legado para arquitetura brasileira. Neste sentido, a proposta do trabalho desenvolvido procurou preservá-lo ao máximo e adaptá-lo às novas necessidades do aeroporto.
No Terminal 1, o grande desafio foi dar sequência à qualidade do projeto. Seria impossível conceber, no atual contexto, uma rampa ou uma escada como as existentes no prédio inaugurado em 1984, de uma beleza e qualidade de execução indiscutíveis.
A cobertura de vidro foi reconfigurada para assegurar melhor conforto térmico para os passageiros. A Bacco procurou resgatar alguns dos conceitos originais de Milton Ramos, liberando o espaço da antiga rua, que havia sido transformada em canteiros que bloqueavam a passagem, e que hoje, apesar de coberta voltou a ser uma rua.
O desafio do projeto do novo Terminal foi tratar a dimensão do novo píer, que incorporou mais de 600 metros ao terminal existente. Os dois terminais são integrados e o percurso atinge mais de um quilômetro de extensão num salão único.
O amplo pé direito que permitirá, no futuro, a instalação de novas áreas comerciais, privilegiou a incidência da luz natural criam uma diferenciação no espaço projetado, tanto pela abertura das janelas na parte superior como no ritmo musical dos brises que protegem do sol. Os blocos onde estão situados os sanitários e as diversas instalações técnicas necessárias desenham o ritmo da fachada no lado terra. Três conjuntos de esteiras rolantes auxiliam minimizar o tempo de percurso dentro do terminal.
A ideia que orientou a implantação do novo terminal foi a exploração do pátio de aeronaves já existente, incluindo uma diagonal que irá garantir a circulação dos aviões e permitirá as possiveis expansões de áreas de exploração comercial e a implantação de novos terminais no lado terra. Além disso, essa solução minimizou as interferências no sistema viário durante a obra.