Descrição enviada pela equipe de projeto. O povoado de Shicang, cujos moradores pertencem ao grupo étnico Hakka, está localizado em um vale estreito no sul do país, em Songyang. Os Hakka também são chamados de "convidados", pois migraram para cá como refugiados das regiões do norte nos últimos séculos. Eles mantiveram seu status especial até hoje, que é caracterizado pela forte coesão interna do grupo.
O nome da aldeia de Shicang pode ser traduzido como "armazenamento de pedra" que, por sua vez, se refere a uma lenda, segundo a qual ela possuía capacidade para abastecer construtivamente toda a região. Os habitantes gananciosos supostamente exauriram a fonte que, consequentemente, perdeu sua capacidade.
Para marcar esta história que deu nome à aldeia, Xu Tiantian desenvolveu uma edificação que ocupa a construção local de pontes e edifícios residenciais. Pedras grosseiramente cortadas são colocadas em camadas em uma estrutura selvagem para criar paredes maciças que continuam a inclinação no limite da aldeia em direção à paisagem. A arquitetura está conectada com a paisagem por meio de várias sequências de espaços, tanto no interior como no exterior.
Um canal de irrigação existente foi guiado sobre o telhado e fornece água que, em determinados dias, é pulverizada para criar uma cortina de água no interior. Por meio de uma abertura linear no teto, a luz do sol cai sobre a cortina de água, onde é formado um arco-íris. Esse fenômeno temporário atrai visitantes e também anima as aldeias vizinhas.
O museu em si não tem acesso controlado e exibe apenas cópias da civilização Hakka com várias centenas de anos. A inspiração da lenda local situa o museu, com o qual tanto o artesanato quanto a cultura material foram revitalizados.