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Arquitetos: Natura Futura Arquitectura
- Área: 200 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Natura Futura Arquitectura
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Fabricantes: Andec, Holcim
Descrição enviada pela equipe de projeto. Arquitetura como mediadora de encontros, reflexão e restauração.
A luz desliza pelo espaço para satisfazer a necessidade do homem por sua fé. Um novo lugar de oração é requerido, muito mais amplo e com características que geram uma identidade própria.
O projeto está localizado na cidade de Babahoyo, Província de Los Rios, Equador, em um bairro jovem e vulnerável, com problemas de segurança, com uma população crescente há mais de 20 anos.
Trabalhamos com recursos muito limitados que foram alcançados graças às contribuições dos fiéis, constituindo não um cliente individual, mas um grupo.
A ARQUITETURA INCLUSIVA E O COMPARTILHAMENTO
Um dos objetivos do espaço é trabalhar com crianças, realizar oficinas e workshops sustentáveis, gerando uma apropriação da cidadania do espaço e possibilitando um processo de fiscalização do próprio bairro.
Embora a construção da Casa de Oração seja um exercício de inclusão, o espaço não está completamente finalizado; sua arquitetura estará em construção permanente, enquanto fundos monetários estão sendo coletados para fazer mais adequações.
A LEITURA DO LOCAL
A ideia é permitir uma arquitetura completamente permeável, que sustente o discurso de conectar a cidade através de características particulares que tecem uma ideia mais ordenada e respeitosa de sua identidade, apoiando a inclusão da mão-de-obra local, o resgate de sua materialidade, entrando no jogo da criação de sistemas construtivos em experimentação contínua.
Inicialmente havia uma antiga casa em mau estado, da qual foram resgatadas vigas de madeira para serem reutilizadas na nova proposta.
Por exemplo, a triangulação de vigas tensionadas, alvenaria de tijolos à vista e zinco pintado são observados. A madeira nas fachadas trabalhada em malhas permite transições de luz e permeabilidade.
A luz natural invade o teto, banha-se no altar local e gera uma relação de luz e sombra no interior.
Além do resultado material, a arquitetura, ao tocar seus usuários, deve conciliar as emoções, fazê-las nascer, ferver, queimar ou simplesmente gerar estados de calma, de paz, de silêncio.
Uma arquitetura que vai além de um resultado material, que faz parte da cidade, conecta e permite que uma série de emoções motive a alegria espiritual. Espaços que ajudam o ser humano no seu desenvolvimento pessoal, seu enriquecimento espiritual e sua cura.