- Área: 1908 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Trevor Mein
Descrição enviada pela equipe de projeto. Neste projeto na Austrália os arquitetos propuseram uma composição de 22 apartamentos, os quais apelam para o dramático estilo de vida de Surry Hills, implantados sobre um embasamento comercial, que ativa a rua e permite uma boa relação com o entorno.
Os arredores do edifício, principalmente os edifícios patrimoniados, foram identificados e considerados durante o processo de projeto. A altura, escala, materialidade e linguagem arquitetônica foram decididas de forma a complementar seu vizinho de 8 pavimentos, o edifício Wesley Mission, e a Igreja Metodista de 1847.
O Beresford Hotel e seu pátio se abrem para a via existente e para um antigo terraço, o qual foi convertido em um pequeno espaço para alimentação. O terraço abriga uma pintura de grafitti que foi reformada pelo artista original e compõe parte da nova entrada.
Os espaços comerciais de pé-direito duplo são articulados por uma série de caixilhos que são desenhados em um ritmo que cria um jogo com a escala e possibilita o relacionamento com os terraços associados e edifícios comerciais de menor escala no nível da rua, permitindo uma diversidade de ofertas ao público.
A variedade de escalas na fachada do embasamento ministram uma visualidade singular, a qual acomoda diferentes possibilidades de ocupações internas sem comprometer a linguagem principal do edifício e seu contexto. Este jogo de aberturas assegura a variedade de espaços internos, ao mesmo tempo que não interfere no domínio público da rua ou na escala do pedestre. As aberturas são articuladas com vedações verticais como painéis de vidro, esquadrias operáveis, painéis de alumínio nervurados e terraços de concreto.
Os pavimentos residenciais foram expressados como uma série de elementos horizontais de concreto marcados por jardineiras os quais escalonam na fachada com plantações de vinca e Cilandra criando espaços ajardinados privativos para os moradores. A dinâmica da fachada cria uma barreira entre os apartamentos, o que justifica o conceito de 'edifício vivo'.
Internamente uma decoração discreta criam um refúgio urbano sofisticado. Concreto a vista nos tetos são balanceados por piso de madeira. Os arquitetos propõem um edifício de uso misto na cidade, buscando integrar natureza com a cidade.
O projeto adota soluções passivas e se apropria de materiais que respondam de forma simples, porém efetiva, às necessidades ambientais. Um equilíbrio entre solidez para bom desempenho térmico e transparência para insolação foi base para a definição das fachadas, enquanto as varandas revelam um painel operável que permite sombreamento passivo e privacidade quando necessário.
Esquadrias operáveis compõem todos os ambientes, incluindo os banheiros que são localizados na fachada. As áreas comuns de cada apartamento incluem a sala de estar, jantar e a cozinha apresentam aberturas bem implantadas que permitem ventilação cruzada. Cada uma dessas áreas apresenta portas de correr que dão acesso a uma área externa.
O paisagismo foi incluído em todos os níveis do empreendimento, promovendo áreas de jardim profundo que permitem vegetação de grande porte e também de menor escala. O paisagismo é apropriado ao local e foi escolhido de acordo com o clima.
Graças a localização do edifício, com acesso a transporte público e ciclovias, o projeto não prevê estacionamento para automóveis, incentivando o uso dos modais públicos.