- Área: 165 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Tamara Uribe
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Fabricantes: Coolfan, Helvex, Mosaicos La Peninsular, Teca, Tecnolite
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Casa Xólotl encontra-se anexada em um edifício dentro do centro histórico da cidade de Mérida. Com a fachada para uma rua de baixo fluxo de circulação, contém uma casa de descanso que demarca e contempla as visuais ao interior da mesma.
O projeto surge em uma pequena casa preexistente de cem metros quadrados composta de três alas (área social, cozinha e um dormitório com banheiro). Dentro de um edifício de dez por vinte e dois metros, o programa deveria abrigar uma área social com varanda, piscina e dois dormitórios com seus respectivos banheiros.
O acesso à propriedade se posiciona no extremo direito da primeira ala através de um hall que serve de pausa entre a realidade urbana e o ambiente sereno do interior, deixando lugar para abrigar um dormitório e um banheiro no espaço restante dentro da mesma.
A área social ocupa toda a segunda ala, em um mono-espaço estão sala de estar, sala de jantar e cozinha, ligando-se à terceira ala através de janelas que fundem o espaço visual e funcionalmente.
A terceira ala do edifício recebe uma intervenção mais radical. A laje original em mal estado foi substituída por uma laje leve, de materialidade contrastante com o envoltório, abrigando a varanda, a laje de concreto, a estrutura da mesma passa tangente às paredes existentes sem encostá-las.
O dormitório principal ocupa o fundo do lote, à moda de uma vila independente, e serve de arremate a partir do interior da casa e confina o pátio contendo as vistas dentro do mesmo.
Sendo reduzidas as medidas do pátio posterior, resultado da implantação da habitação de trás e das preexistências da casa e uma cisterna, a piscina se localiza entre as alas. Para aumentar sua superfície ela inunda o restante da ala posterior e rodeia a cisterna, gerando um maior contato e integração com a varanda. A cisterna foi reutilizada como jacuzzi. O ambiente inundado se transforma no arremate visual a partir do acesso e passa a ser um espaço no qual se desfazem e fundem os limites interior-exterior.
A materialidade do envoltório da residência combina os planos novos com os originais, gerando contraste com as pátinas resultantes da passagem do tempo. O limite interior e exterior entre a área social e a varanda é acentuado, deixando aparente o material pétreo que a compõe. A cobertura e estrutura da varanda, engastadas no concreto empilhado, evidenciam sua idade mais jovem com uma paleta sóbria.