- Área: 223000 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Nelson Kon, André Nazareth, Unloop
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Fabricantes: Hunter Douglas, Hansgrohe, ARQTEC, ARTLIFT, BRAGIPS, Brasigran, Duravit, Granicut, Heloyn, Isar, Latão Arte, Levantina, Lumini, Magbam, Projefix, Projefiz, Restaura 10, Tracomal
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto do Aqwa Corporate é um empreendimento comercial de luxo para escritórios situado na orla do Rio de Janeiro, estrategicamente implantado no coração da área de requalificação da zona portuária da capital carioca, o Porto Maravilha. Localizado em uma antiga área de aterro, criado ainda no século XX, o projeto faz parte de um amplo programa de recuperação dos espaços urbanos da histórica zona portuária do Rio de Janeiro. Ao longo de sua história, a área foi palco de importantes eventos históricos e culturais.
O local também fica próximo ao porto do Rio, que há muitos anos encontrava-se isolado da cidade pela rodovia "Perimetral". Como parte do plano diretor, parte dessa rota elevada acabou sendo demolida, reintegrando o porto - que ainda recebe milhares de visitantes todos os anos - à cidade. O projeto do Porto Maravilha também pretende requalificar parques, praças e outros espaços públicos em todo a região, enquanto racionaliza o fluxo de veículos e introduz novos espaços comerciais e cívicos para favorecer a qualidade de vida dos moradores da região central do Rio.
O terreno está implantado junto a recém-criada Av. Rodrigo Alves, uma via expressa que conecta a área central ao norte da cidade, e a Avenida Binário, que leva ao sul, contando ainda com acesso direto ao transporte público, através da nova estação do trem de superfície. No coração do projeto, foi criada uma grande praça central - um vibrante espaço público para pedestres com uma galeria comercial linear, recriando o espaço cívico da rua dessa antiga área industrial portuária.
Segundo o masterplan, todas as áreas de frente para a baía também precisam contemplar espaços públicos de forma a configurar um 'parque urbano linear' - uma área verde que deve fornecer um isolamento contínuo ao longo da rodovia Rodrigues Alves. Este parque linear de 400 metros de comprimento se conecta com o terreno do projeto assinado pelo arquiteto britânico, estabelecendo um corredor verde ao lado do mar, de frente para a galeria comercial. Além disso, o parque conta com ciclovias, caminhos para pedestres e áreas de descanso em diferentes níveis para criar uma barreira visual que protege o local da movimentada avenida ao lado, mantendo e ampliando as vistas para a Baía de Guanabara.
O empreendimento, com 22 pavimentos distribuídos entre dois edifícios, foi planejado para ser construído em fases e consiste de 125.000 metros quadrados de espaços para escritórios, lojas comerciais e espaços públicos no térreo. O estacionamento encontra-se dividido em cinco níveis subterrâneos, com rampas de acesso exclusivas que servem ambos os edifícios. O hall de entrada de cada edifício foi construído acima da praça pública central, com vistas para o porto e a Baía de Guanabara.
Três escadas rolantes fazem a conexão entre a praça central e os lobbies do edifício, além dos elevadores que levam os visitantes diretamente ao estacionamento. Os núcleos de serviço e circulação foram planejados para que cada pavimento possa ser subdividido em até quatro empresas diferentes. Vazios foram previstos nas lajes para que futuramente seja possível incorporar novas inter-conexões verticais e escadas internas quando necessário. A altura do pé direito livre dos escritórios foram otimizadas em 2,85 metros. A estrutura principal consiste em uma laje de concreto moldado in loco sob um deck metálico com os lobbies suspensos sobre uma estrutura de aço.
O edifício foi projetado para receber a certificação LEED ASHRAE Gold. O projeto incorpora as condições climáticas específicas, estabelecendo uma estratégia de auto-sombreamento para as fachadas do edifício, bem como fornecendo proteção solar e coberturas eficazes em todos os principais espaços públicos de circulação e comodidades ao ar livre. O projeto foi concebido essencialmente como um domínio público acessível para pedestres, totalmente livre, com a praça central se constituindo em um grande espaço cívico para a cidade. Ambas as entradas do edifício estão diretamente conectadas à praça e são facilmente reconhecíveis a partir de qualquer ponto do terreno.