- Área: 3600 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Lucas Allen, Anson Smart
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Fabricantes: G-LUX, IPF, Keystone, Mentone Premix, Reggiani, Signorino, Viabizzuno
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Pt Leo Estate é um projeto que explora as possibilidades do concreto estrutural para criar formas esculturais que sintetizem a paisagem, a arte e a arquitetura, além de também afirmar seu senso de lugar e programa. O objetivo do cliente era dividir com o público sua coleção privada de grandes esculturas, além de fornecer uma experiência hospitaleira para os visitantes de sua produção local de vinho.
O cliente demandava por uma construção que fosse engajadora, evocativa e que estabelecesse um diálogo com a comunidade artística. A ideia é que o edifício pudesse se encaixar no cenário da arquitetura internacional, porém sendo fiel a sua identidade australiana e ao seu entorno.
O conceito principal do projeto é a sinergia entre paisagem, arte e arquitetura. A entrada do projeto é um gesto escultural e uma experiência artística: sua forma curva é uma interpretação abstrata do vinho saindo de uma garrafa, e do ciclo orgânico da colheita de vinho. Em um gesto arrojado as paredes fluidas homenageiam a curvatura da icônica escultura de Inge King, localizada no centro do pátio.
Ao transitar pela entrada, o edifício surge do chão, retendo o vinhedo e ocultando o programa do projeto e as vistas do entorno. Com o passar do tempo, a vegetação do vinhedo irá crescer sob a construção, ancorando o edifício e reforçando sua conexão com o entorno. Os cacos de granito do pátio de entrada e a assimetria do Baobá é uma referência à paisagem rugosa, erodida e rachada da Austrália. A árvore funciona como uma escultura viva, central neste pátio de entrada.
O edifício tem uma planta radial, que parte do pátio de entrada e organiza o programa em três diferentes setores, a entrada, a adega e os restaurantes. Esta organização de planta articula cada setor sem a necessidade de paredes ou divisórias, o que faz com que o interior do edifício nunca seja totalmente revelado, transformando a experiência em uma surpresa constante e sendo fiel à demanda do cliente de que todas as funções deveriam ter a mesma ênfase.
Interna e externamente, as linhas simples da forma parecem desaparecer, o que disfarça a escala real do edifício e sua relação com o entorno. Além disso, o parque de esculturas envolve o edifício, criando uma vista intermediária entre a arquitetura, o vinhedo e o oceano, expondo mais de 50 esculturas de artistas locais e internacionais. A composição entre jardim e edifício somam novos elementos que se integram a paisagem local.