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Arquitetos: Memola Estúdio, Vitor Penha
- Área: 550 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Fran Parente
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Fabricantes: Allianza, Art des caves, Artesian, By Kamy, Coisas D Casa, Comovil, Deca, Gail, Jocal, Labluz, Loja Teo, Lustres ypiranga, Marcenaria Navarro, Marmoraria Pedra de Esquina, Museu do azulejo, Omni Marcenaria, Parquet União, Pavanny, Santil
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto do Restaurante SEEN na cobertura do Edifício Tivoli Mofarrej, veio com o desafio de trabalhar num dos grandes ícones de sofisticação e elegância da história da cidade de São Paulo. A reforma foi executada com o objetivo de criar um restaurante de gastronomia contemporânea valorizando a vista ampla em todo perímetro do espaço.
A inspiração foi anos 80 revisitado (década de inauguração do Hotel), com toques Art Déco. A solução foi buscar o design na época e nos materiais (latão, espelho oxidado, veludo e ardósia) porém sem perder a característica de um projeto contemporâneo.
Ao chegar no 23° andar, um corredor iluminado por neon de forma cênica e com uma cortina de veludo ao fundo marca a entrada ao grande salão, todo aberto e sem barreiras visuais para a vista de 270 graus.
O grande bar central fica no patamar mais alto e o balcão é todo feito com tubos de latão curvados e tampo de mármore branco. Três lustres Sputniks garimpados marcam a ilha central de bebidas.
O piso de ardósia em escama de peixe foi colocado desde a entrada, passando pelo bar e subindo em algumas paredes. As colunas existentes de concreto ficaram aparentes e receberam molduras de latão, espelho oxidado e arandelas com estrutura em latão feitas sob medida. A parte de baixo das colunas, que estão no patamar mais baixo, tem revestimento de madeira, a mesma do piso, onde ficam os sofás de veludo verde, acompanhando as amplas janelas que emolduram o skyline e dão a volta em todo salão. Mesas de mármore branco e madeira são acompanhadas pelas cadeiras “The Chair” do designer Hans Wegner e a “HW” de Henry Klein.
Para contrastar com a elegância do veludo e do latão, foram deixadas aparentes as tubulações de toda infraestrutura, como referência ao industrial. A iluminação com projetores cênicos foi direcionada para o piso, permitindo a contemplação da vista sem refletir o restaurante. O ar condicionado central com acabamento natural e dimensões consideráveis, reforçam a ideia do estilo industrial. O teto possui jateamento acústico, fortalecendo a ideia de um projeto sensorial.
Ao lado do bar, ainda no patamar superior, foram criados ambientes de jantar com sofás capitonês com moldura de madeira entalhada, cercados por um guarda corpo de latão e um jardim de samambaias, referência aos anos 80.
O balcão do sushibar foi todo revestido em azulejo garimpado do artista Brennand. A cor do azulejo que marca a época da produção, torna este balcão singular.
Os banheiros tiveram o mesmo cuidado em sua concepção. Uma grande pia coletiva em mármore, com torneiras de cobre suspensas formam o hall de distribuição dos banheiros masculino e feminino. As paredes e tetos são revestidos em cerâmica verde escura brilhante e texturizada. As divisórias são em ferro, parte com espelho oxidado, conjunto que reforça o efeito cênico do ambiente.
Um projeto que carrega as intenções dos opostos na sofisticação e industrial e irá com certeza, estimular olhares curiosos, variando do horizonte aos detalhes do projeto.