- Área: 651 m²
- Ano: 2007
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Fotografias:Lukas Schaller, Alexander Haiden
Descrição enviada pela equipe de projeto. Em maio de 2005, o escritório the next ENTERprise Archiects e os arquitetos paisagistas Land in Sicht venceram um concurso para uma reestruturação contemporânea do parque histórico e um pavilhão ao ar livre. O pavilhão foi concebido como um marco, como um atrator para o parque, mas também como um excelente espaço de performance para música clássica durante a temporada de festivais no verão.
Conceitualmente, o pavilhão é baseado na ideia de uma figura que não está vinculada a nenhum propósito específico e é percebido como um palco apenas durante as apresentações. Como pode uma estrutura tão livre servir como um instrumento acústico, capaz de concentrar a energia sonora e direcioná-la para 1700 lugares numa experiência musical ideal?
A forma do pavilhão é gerada a partir de elementos da paisagem – a depressão, o declive, a incisão, a colina – e a dobra arquitetônica da cobertura.
O "Schneise" (livremente traduzido: uma incisão na paisagem) cria uma vista que liga a escola de equitação ao "Portão Preto" e serve como uma entrada e uma passagem pela área do auditório. O planejamento dos pontos de observação e das sequências espaciais, o enquadrar e o ocultar de pontos de interesse, muitas vezes alcançados pelo traçado sinuoso de caminhos no tradicional jardim paisagístico, são resultados da variação da elevação da incisão.
Vindo da entrada principal, o visitante é atraído para se direcionar para a silhueta da cobertura do palco, visível atrás de um morro artificial. Mergulhando na incisão, ele passa pela colina e – depois de passar por esse espaço profundo e estreito – entra na ampla arena do auditório e do palco, com a cobertura do palco suspensa acima.
O pavilhão é inserido na área existente que apresenta o portão de entrada, a escola de equitação, o castelo, o "Portão Preto" e a "Große Senke" (tradução literal: grande depressão) e no processo de recontextualiza a rede de pontos de observação da paisagem. Através de sua configuração topográfica, reinterpreta elementos formais da paisagem, brincando com as relações visuais e de perspectiva, com contração e expansão, com fechamento e abertura.
A regra básica da acústica para palcos ao ar livre, "o que você vê é o que você ouve" serve como uma pista para explorar afinidades entre perspectiva e espaço acústico. A topografia da depressão existente – a "Große Senke" – foi enfatizada pela modelagem do terreno. Colinas artificiais são criadas através da escavação da depressão e então com a redistribuição do solo em seu perímetro, criando assim os níveis de auditório. Distinguindo-se claramente do terreno natural por sua geometria, o palco e o auditório, no entanto, fundem-se de forma fluida com a topografia do terreno.
Conceitualmente, os materiais foram escolhidos para ressaltar o caráter ao ar livre do local e fortalecer o vínculo entre a estrutura construída e a paisagem. O palco é uma estrutura monolítica de concreto aparente, aço e vidro inseridos em uma colina envolvente. Os níveis da plateia foram projetados usando elementos de concreto pré-fabricado, superfícies de cascalho compactadas e morros geometricamente precisos cobertos de grama.
A cobertura do palco é projetada como um objeto autônomo e esculpido. Suspensa acima da paisagem no nível das copas das árvores, ela é colocada entre os grupos de árvores como se fosse mais uma delas. A superfície de metal brilhante do lado de fora reflete o céu e as árvores, transformando a cobertura em uma torre de nuvens.