- Área: 340 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Alejandro Peral
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Fabricantes: Anacleto, Aukot, Chiusaroli, Korte & Korte, Mobilis
Descrição enviada pela equipe de projeto. Esta residência unifamiliar está localizada em um condomínio fechado de City Bell, sobre um terreno de 900 m2 com um frondoso bosque. A intenção foi conservar a maior parte das árvores e gerar espaços de expansão e vistas para a paisagem. O projeto baseou-se em três premissas: flexibilidade espacial, amplos ambientes e uma fluída relação com o exterior.
A conformação morfológica da moradia foi dada por um grande prisma de concreto aparente de 13m x 13m, suspenso no ar que contem as áreas privadas da casa. Para delimitar internamente as diferentes áreas foram utilizados painéis móveis e flexíveis gerando módulos, criando assim uma planta flexível e adaptável às necessidades de cada etapa.
As atividades sociais da casa se desenvolvem no térreo em um único espaço interior, mantendo uma fluída relação com o exterior gerada pela continuidade da laje de concreto aparente, a qual é projetada desde o interior até as galerias, servindo como proteção para o sol. Essa continuidade espacial interior-exterior é reforçada por um módulo linear revestido de madeira, o qual abriga amplos espaços de armazenamento.
A possibilidade de ocultar os móveis nas paredes e poder gerar um único espaço interior-exterior permite duplicar a área de uso da moradia. As tábuas das fôrmas empregadas na execução dos muros de concreto aparente foram reutilizadas por meio da técnica japonesa de carbonização da madeira, usadas assim para revestir a face sul da residência, isolando-a das condições climáticas adversas.
A estrutura portante encontra-se oculta e recuada enfatizando dessa maneira a suspensão do prisma. A madeira, o vidro e o concreto materializam a totalidade dos espaços e criam, através de sua textura, uma harmonia fluída com o entorno.
O paisagismo foi planejado desde o início do projeto arquitetônico criando uma comunicação com o existente e gerando uma relação direta com o entorno imediato, sempre tendo como premissas as variáveis climáticas dos espaços interiores, intermediários (de transição) e exteriores. Utilizou-se a vegetação como contenção dos diversos espaços, dando lugar a uma estética própria de cada ambiente e gerando assim um vínculo entre os habitantes e o espaço exterior.