- Área: 216 m²
- Ano: 2016
-
Fotografias:Gonzalo Viramonte
-
Fabricantes: Aberturas Carlu, Casa Armando, Casa Fernandes, Kromacolor, San Pietro porcelanato, Webber
Descrição enviada pela equipe de projeto. Nos arredores de Buenos Aires, em um bairro residencial de casas baixas, está localizada esta pousada que pretende receber visitantes que chegam do aeroporto e de atividades locais. O lote, limitado por empenas de tijolo e uma abundante vegetação, conta com um casarão do mesmo material de alto valor patrimonial. A homogeneidade material, cromática e formal do bairro despertaram uma série de ideias para o projeto.
O edifício se apresenta como um corpo principal no pavimento superior, composto de 5 quatros espelhados, que favorecem a boa orientação norte, assim como um certo distanciamento em relação à rua, garantindo maior privacidade aos hóspedes. O térreo serve como um salão multiuso e oferece uma relação direta com o parque, tanto por sua transparência, quanto por sua forma plástica. Por último, a cobertura acessível se aproveita da grande abertura visual do entorno e acentua a relação com a grande copa de uma árvore existente.
Optou-se por implantar o edifício em uma lateral do lote, favorecendo a relação com a "praça" existente, um vazio que funciona como acesso e como vínculo entre o novo e o antigo. Do outro lado, um espelho d'água faz parte de um pátio íntimo que estabelece o limite do terreno. O mesmo tem contato visual e tangível com a varanda, já que atua como coletor de águas da chuva da cobertura, o que cria um estímulo auditivo no percurso externo.
Por conta das preexistências fortes no local, foram propostos novos diálogos, lógicas invertidas e contradições. Não apenas tensões temporais entre os dois volumes, mas também dentro do próprio edifício. As características que à primeira vista parecem incompatíveis se potencializam. O pesado se eleva e o ar sustenta a massa. A curva esquiva da reta e a luz da sombra. Os materiais opostos se unem, vidro, tijolo, alumínio e madeira como tese e antítese.