- Área: 180 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Tom Blachford
Descrição enviada pela equipe de projeto. A "Highbury Grove" é definida pelo estilo das casas de campo uniformes dispostas em filas ortogonais entre frondosos jardins suburbanos da região onde está inserida. O projeto deveria ocupar a fachada da rua patrimonial e um caminho ao lado norte da propriedade. A resposta arquitetônica surge, portanto, como um envoltório orientado ao norte, proporcionando ao mesmo tempo privacidade para a via pública.
O caráter original é expressado como uma singular silhueta branca. Os pisos manchados foram substituídos por uma estrutura em madeira, enquanto as descuidadas lareiras, previamente despojadas de sua ornamentação, foram limpas e receberam uma nova fornalha.
A conexão entre a arquitetura patrimonial e a nova adição é expressada como um momento singular. A princípio, o usuário se sente preso em contato próximo às paredes de concreto, causando uma sensação de enclausuramento antes de subir a um grande volume oco ao ar livre. Uma catarse para os sentidos.
O espaço é definido por uma série de blocos de concreto perpendiculares. O primeiro, um conjunto de muros que se estende ao longo do terreno, é assentado abaixo de um segundo conjunto que está alinhado com o espaço norte. Apoiados um sobre o outro, os muros de concreto são sobrepostos e limitam o espaço arquitetônico interior. As aberturas entre as paredes criam vistas emolduradas para as árvores vizinhas ou para o jardim de um pátio com samambaias australianas.
A marcenaria e as portas pivotantes são inseridas entre as paredes de concreto uniformes. As marcas nos painéis de eucalipto criam uma série de figuras que caem em cascata através dos móveis. Cada painel é apresentado como uma transparência fotográfica que quando combinada se transforma em uma expressão cinemática de um movimento figurativo maior.
Uma laje de concreto polido proporciona a base para que esta composição de alvenaria se apoie sobre a terra. A expressão das vigas de aço na parte inferior e na parte superior das paredes permite ao usuário ler a tectônica e o dinamismo do espaço. O projeto contrasta em meio a luz e o ar contra o peso das paredes de concreto. A sobreposição das paredes cria um volume pouco definido e a luz dança em um amplo espectro de superfícies criando um movimento expansivo através do espaço.