- Área: 2100 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Joana França
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Fabricantes: Construtora Mais, Deca, Ibratin Tintas e Texturas, Vidrioprime
Descrição enviada pela equipe de projeto. A edificação projetada para 512 sul ocupa dois lotes entre as Vias W3 e W2. A mesma área abrigou a primeira edificação construída na Via ainda na década de 60: A Galeria Planalto.
Assim como sua antecessora, esse projeto busca se relacionar de modo equânime com ambas as Vias. Assim, foram projetadas de circulações verticais nos dois extremos do lote, a fim de garantir versatilidade de fracionamento, com diferentes arranjos de uso e acesso aos pavimentos por ambos os lados. Diferente da grande maioria das edificações projetadas ao longo da Via W3, o projeto para 512 está voltado para a galeria de circulação de pedestres entre os blocos. Toda extensão do térreo conta com aberturas para essa área com grandes portas de correr em chapa metálica dobrada - mesmo material que reveste a edificação alternando planos fechados com módulos em pele de vidro.
O aspecto austero da envoltória escura se destaca pela sobriedade em uma Via tomada por comunicação visual, tornando-a convidativa não só para os comércio de bens e serviços, mas para o uso corporativo dos pavimentos superiores.
Considerações Urbanísticas
Ao longo da Via W3 Sul estão dispostas galerias de circulação que garantem o fluxo de pedestres entre a W3 - principal Corredor de transporte público do plano piloto. Embora fundamentais para mobilidade, essas galerias encontram-se em estado de abandono e desuso por motivos urbanísticos diversos, mas também em função das edificações lindeiras que fecham-se para essas áreas, tornando-as inseguras e desqualificadas. Com a inversão dessa prática projetual, a edificação da 512 sul se propôs a ser a primeira ação efetiva de revitalização de uma dessas galerias.
Após sua conclusão, a edificação foi cedida temporariamente para o uso comunitário a fim de ativar iniciativas de revitalização da Via, rodas de conversa e inúmeros eventos não registrados batizados como “Caixa Preta”, em homenagem ao aspecto visual do prédio. Nesses encontros, diferentes convidados foram recebidos para abrir suas “caixas pretas” e revelar seus segredos e trajetórias individuais. Era parte da proposta que nada fosse documentado para além dos presentes.
Nesse período, mobiliários urbanos foram cedidos para área comum, a rampa de acesso veicular foi transformada em um auditório e a galeria ganhou pavimentação, iluminação e um grafitti de autoria do Marcio MAK. A Fittipaldi Arquitetura desenvolveu um projeto de ocupação para Co-Working que foi parcialmente implementado no período. Após esse uso, a edificação retomou seu propósito inicial: Locação comercial e Corporativa.