- Área: 52 m²
- Ano: 2018
-
Fotografias:Jomar Bragança, Studio Tertulia
-
Fabricantes: Alva Design, Bianca Barbato, Coral, Galeria Celma Albuquerque, Innere, Ladrilhos Barbacena, Líder Interiores, Marie Camille;, Pé Palito, São Romão, Templuz, Terra Tile, Topy System
Descrição enviada pela equipe de projeto. A instalação fez parte da 24ª mostra anual de Arquitetura e Decoração, a CASACOR Minas, que aconteceu na cidade de Belo Horizonte, MG-Brasil, entre os meses de Agosto e Setembro de 2018. O evento ocorreu em um edifício tombado pelo Patrimônio Histórico onde se localizava a antiga sede da Rede Ferroviária de Belo Horizonte.
Projetada pelo escritório Play Arquitetura em sua primeira participação na mostra, a instalação intitulada “Casa viva” propôs um espaço que, assim como uma casa comum, está em constante movimento e transformação.
A base deste experimento foi um objeto arquitetônico construído no terceiro andar do edifício histórico, um local amplo coberto por um telhado cerâmico estruturado por grandes tesouras metálicas.
O pequeno pavilhão temporário foi desenhado levando-se em conta o edifício original existente, extraindo dele novas possibilidades espaciais e arquitetônicas, evidenciando as relações entre a arquitetura existente e a nova, exterior e interior, luz e sombra.
Além de suas características arquitetônicas a instalação dotou-se de um caráter performático ao propor transformações semanais na sua ocupação interna, recebendo gradativamente móveis, obras de arte, plantas, objetos afetivos e memórias pessoais. O visitante foi convidado a acompanhar estas mudanças em companhia de uma anfitriã, a atriz Margareth Cardoso, que se apropriou do espaço e também incorporou modificações na sua personagem. As transformações foram registradas através de fotos e estas devidamente expostas no hall de forma que o processo fosse acompanhado por todos.
A proposta procurou evidenciar e confrontar as múltiplas potencialidades da arquitetura, da arquitetura de interiores, do design e da arte e suas inter-relações com seus usuários, questionando a ideia de arquitetura como algo estático e emocionalmente apático.
“Nós, profissionais que atuamos na criação deste universo, composto por espaço (arquitetura), coisas (design) e pessoas, precisamos estar conscientes das relações entre estes agentes e projetar buscando afeto, no sentido de afetarmos uns aos outros nas nossas emoções e subjetividades.”