- Área: 203 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Agnès Clotis
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Fabricantes: DuPont, BIO'BRIC, Placo, Stuv, Technal
"Construir é abrigar. Subir uma parede para proteger e colocar uma cobertura em cima para sombrear." - Pierre Lajus
Projetar uma casa em Royan, um território marcado pelo movimento moderno dos anos 1950, representou um desafiador exercício de arquitetura.
Os arquitetos buscaram não direcionar o projeto para a estética, ou os dogmas, de seu entorno, mas sim tirar disso uma oportunidade de entender o vocabulário e os códigos que aquelas arquiteturas representam. Dessa forma, tentaram ir além do trabalho de fachada e apresentar em planta um projeto flexível e fácil de ser apropriado.
A ideia foi construir uma casa em duas etapas. Primeiramente uma área para o casal, que será concentrada no piso térreo. Em seguida, quando a família estiver completa, a casa precisará ser expandida para receber as crianças e os netos.
A ideia foi trabalhar com uma arquitetura com aberturas cuidadosas, que tivesse controle da iluminação, inspirado nas gravuras de Palazuelo, onde a sombra é rasgada pela luz.
A partir deste desejo surge um projeto franco, pesado. Cercado por noções como estereotomia, espessura e gravidade. O bloco de concreto é revestido de branco, para captar essa luz do oceano, e apenas os elementos do piso e do telhado aparecem em sua verdadeira natureza crua. Este concreto cinza marca duas linhas horizontais largas, que ancora ainda mais o edifício no solo.
Uma casa para se sentir abrigado.