- Ano: 2018
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Fotografias:Thomas Mayer
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Fabricantes: Leeuwerik, Unilin
Descrição enviada pela equipe de projeto. Seguindo a casa de férias que Piet Hein Eek projetou em 2005 perto de Epse, fomos abordados por uma família que também comprou um terreno a algumas centenas de metros na mesma floresta. Nesta imponente paisagem, no meio da floresta entre as árvores maduras, estão duas casas de veraneio antigas ligadas por uma garagem no meio. O prédio alongado, com um espaço aberto na fachada sul, encontrava-se em péssimo estado de conservação e não atendia às exigências da vida moderna.
No entanto, a posição em relação ao sol e ao exterior, com vista para a mata, é um argumento fortíssimo a favor desta implantação. Os arquitetos tinham como objetivo fazer com que a pequena casa parecesse o mais simples possível, transformando-a em um local de férias para toda a família. O alongamento da planta, porém, criava um problema ao dispor a fachada traseira para a estrada, de modo que quase não há vista para a paisagem. A proposta era situar o maior número possível de quartos deste lado, liberando espaço para as áreas sociais do outro lado.
Essa decisão acabou levando a uma solução óbvia: dividir o edifício estreito longitudinalmente em duas seções. A sala de estar tem um layout clássico em três partes: a cozinha, a mesa de jantar e a área de estar. O layout é aberto e alongado com a cozinha no meio, limitada pelas outras duas áreas. Dessa forma, a cozinha está posicionada exatamente no centro, no lugar onde era a antiga garagem. No verão, ao jantar na área externa, o layout pode ficar ainda melhor, pois a mesa pode ser colocada do lado de fora, em ângulo reto com a cozinha.
A fim de criar espaço suficiente para a cozinha, a área é definida a partir dos banheiros, que podem ser mais estreitos que os quartos. O eixo da esquerda para a direita foi importante durante o projeto pois ajudou a organizar a planta interna, com os espaços coletivos no lado ensolarado e quartos e banheiros, espaços mais íntimos, no lado sombreado. Além disso, este eixo também auxiliou na definição de uma cumeeira no telhado, o que aumenta o pé-direito suficientemente para ter uma altura confortável nos quartos, bem como permite novas janelas ao longo do comprimento total do edifício, introduzindo luz e ar no projeto.
Originalmente, a cobertura se encontrava em um estado tão ruim que precisava ser substituída de qualquer maneira, o que facilitou esta solução. As características antigas, como as paredes de pedra com janelas e as portas foram as razões originais para se obter essa casa, e portanto, permanecem no novo projeto. O novo layout respeita os elementos existentes, especialmente como o edifício foi construído em relação ao seu entorno, e realiza uma solução de cobertura que se desenvolveu a partir das limitações que as casas originalmente apresentavam.