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- Área: 756 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Ian-Hsu, Daniel Corvillón
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Fabricantes: Atika, Dell Orto, Fabián González, Jessica Torres
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Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto é criado a partir do conceito de "Lodge Familiar", que tem como objetivo abrigar uma família completa incluindo suas quatro gerações e amigos. Localizado no sul do Chile, na Região dos Lagos, ou seja, uma área com muita chuva, o projeto nasce da palavra poética que lidera o conceito do desenho arquitetônico, o qual é criado como um "manto de proteção para a chuva", da mesma forma que as barracas precárias feitas pelos lenhadores com nylon tensionado por meio de fios, às vezes com um pilar central para deixar correr a água. A palavra "água" é a segunda poética que origina o desenho. Estudou-se a composição geométrica da molécula da água, assim nasce a ideia de três corpos conectados entre si, sob um grande manto de proteção para a chuva.
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Por outro lado, uma das integrantes da família possui um problema de mobilidade, o que leva a projetar a residência em um único nível, conectada e integrada. A casa é feita sobre uma estrutura de pilares metálicos que absorvem a forma do terreno, criando um espaço habitável abaixo que, por sua vez, é aproveitado para o programa de serviços junto a uma área de churrasqueira e ofurô. No corpo central do primeiro nível estão o acesso e área pública com cozinha integrada à sala de estar e jantar; projeto criado no conceito que mistura o loft americano com o galpão tradicional do sul do Chile. Nos volumes laterais estão localizados os dormitórios, que confluem até o centro de forma suave e fluída. Todos os acessos aos dormitórios são trabalhados com portas invisíveis para manter a continuidade das paredes, fazendo com que elas sejam parte da espacialidade do volume. Todos os acessos são trabalhados com rampas de aço revestidas em madeira, para permitir a mobilidade em cadeira de rodas.
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Esta mistura de tipologias vernácula/contemporânea é feita utilizando uma linguagem que privilegia as vistas que oferece o lugar e a localização no território. Linguagem criada por meio destes volumes vinculados entre si pelo "manto", envoltório geometrizado, revestido com placas de aço trabalhadas no local que oxidaram naturalmente e receberam selador quando atingiram a cor desejada. O interior é trabalhado a fim de permitir que toda a geometria do manto esteja aparente, criando magnitudes médias de 5 a 6 metros de altura, o que outorga ao espaço uma grande nobreza.
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No revestimento interior são utilizadas madeiras nativas recicladas de antigos galpões e casas vernáculas, que são destruídas por estar em más condições ou porque será feito um edifício no seu lugar. É uma maneira de construir o contemporâneo ancorado na tradição, com tipologias icônicas do sul do Chile. O uso destas madeiras recicladas permite ter vários tipos de madeira nativa, tais como carvalho, raulí, coihue e loureiro; o que confere uma tonalidade avermelhada que dialoga perfeitamente com o óxido do envoltório. O piso é inteiramente de raulí e todas as janelas foram feitas no lugar, com madeira de carvalho antigo.
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O interior, em diálogo com a arquitetura, utiliza recursos para aumentar espaço nos dormitórios, como por exemplo, o banheiro integrado por meio de box impressos com fotos de um bosque, procurando trazer o exterior para dentro. São utilizados elementos de acabamento e mobiliário feitos pela escultora Jessica Torres, tais como bancos e cabides que complementam a arquitetura. Junto com a anterior, é feito um trabalho de iluminação para destacar a geometria da casa. Por último, a decoração segue o mesmo diálogo conceitual que propõe a arquitetura e o paisagismo, trabalhando o espaço abaixo da casa, dramatizando a suspensão em uma topografia de leito de rio e plantas.
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Desta forma, por meio de um volume singular minimalista, a obra se torna um diálogo contemporâneo com a paisagem, destacando e realçando sua enorme beleza e magnitude.
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