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Arquitetos: ZGF Architects
- Área: 17510 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Nick Merrick © Hall+Merrick
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Fabricantes: Kingspan Insulated Panels, Kovach, Renlita USA, Shaw, Vitro®, cove.tool
Descrição enviada pela equipe de projeto. O centro de pesquisa de 17.510 m² tinha como objetivo estabelecer uma identidade, como uma impressionante porta de entrada do campus e, ao mesmo tempo, atender à necessidade do cliente de construir um prédio sustentável para um laboratório de “muito trabalho”. Os cinco andares e o subsolo da edificação abrigarão várias disciplinas científicas que utilizarão os diversos laboratórios do edifício, com espaços individuais, laboratórios de alta densidade e três níveis de laboratórios genéricos de ciências. O subsolo, altamente reforçado e projetado sob medida, abrigará o primeiro laser de elétrons livres e raios X do mundo.
A forma primária do edifício é uma expressão das três “comunidades” de pesquisa que compõem cada planta baixa. Formando o limite norte de um quadrante de pesquisa centrado em uma instalação de James Turrell, os três segmentos do edifício foram estrategicamente posicionados para proteger a vista de dentro da instalação. O exterior distinto de cobre é uma homenagem às raízes do Arizona (sendo o cobre um dos históricos "Cinco Cs" do Arizona, que impulsionou a economia inicial do estado) e uma expressão única do tom avermelhado que permeia a arquitetura do campus.
Projetado para alcançar a certificação LEED Platinum®, com uma meta de economia de energia de 44% em comparação com os laboratórios existentes no campus, o Biodesign C foi projetado para ser o laboratório mais eficiente em energia do campus. Equilibrando desempenho, estética e orçamento, a superfície externa de cobre envolve uma primeira camada de painéis metálicos com isolamento para criar uma fachada dupla de alto desempenho. Composta por milhares de painéis de cobre, a tela apresenta oito diferentes níveis de perfuração. Estudos intensivos das condições do microclima do terreno e questões específicas da fachada informaram a calibração das perfurações e seu posicionamento, para minimizar o ganho de calor solar, otimizar a iluminação natural e o conforto visual, além de fornecer vistas desobstruídas.
Como elemento de sombreamento, a tela reduz a temperatura da superfície da fachada interna em cerca de 18 graus Celsius nos dias quentes de verão, reduzindo significativamente a carga de resfriamento nos espaços localizados no perímetro da edificação.
Combinando forma e função, uma praça foi esculpida na base do prédio, permitindo intervalos e reuniões ao ar livre, apesar do calor do deserto. Três níveis de laboratórios localizados diretamente acima desse espaço normalmente exigiriam paredes pesadas de concreto para evitar o cisalhamento. No entanto, integrando a excelência do projeto e uma integridade estrutural, uma série de colunas inclinadas e verticais foi concebida para fornecer estabilidade lateral. Embora seja uma solução elegante e inovadora, ela apresenta um desafio singular: algumas colunas são anguladas, algumas na vertical e uma tem altura de três andares. Múltiplas maquetes em grande escala ajudaram a aperfeiçoar a mistura e os moldes para cada condição.
Os elementos de desenho biofílico do edifício buscam promover um ambiente interno produtivo e positivo, fortalecendo a conexão com a natureza e a comunidade. Uma relação de 35% de janelas nas paredes e espaços com camadas transparentes garantem a entrada de luz natural nos ambientes. Janelas abundantes e o lobby envidraçado têm vista para as vias do campus e um bosque de palo verde. As portas de vidro do hangar conectam perfeitamente os makerspaces no térreo com o bosque. A fachada de cobre não tratada oxidará gradualmente, emulando as cores e texturas irregulares e em constante evolução do deserto.