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Arquitetos: Menos é Mais Arquitectos
- Área: 505 m²
- Ano: 2018
Descrição enviada pela equipe de projeto. Do lugar: A topografia acidentada e o Rio Douro marcam fisicamente os limites da paisagem, e das vistas. O sítio, um vale íngreme com laranjeiras plantadas em socalcos e uma linha de água sazonal, são as condicionantes para a implantação da nova construção. Pretendeu-se garantir a conservação e preservação dos processos naturais e biológicos indispensáveis aos ecossistemas existentes.
Do Programa: O pedido de um pequeno equipamento para agroturismo construído em madeira num sistema modular. Quinze módulos com a dimensão de (6,60 x 3,30 metros), geram o contentor para os espaços necessários à sua funcionalidade e conforto interior. Os espaços exteriores, em forma de varandas e alpendres corridos garantem os acessos e as circulações, bem como, a proteção contra os raios solares e as intempéries. Por baixo, a suportar toda a construção em madeira, encontra-se um chassi metálico que se apoia em dois “pilares” que vencem um vão de 13 metros ao centro, e duas consolas simétricas de 6,60 metros de cada lado. Estes pilares, com espaço no interior, albergam todas as zonas técnicas e de serviços necessários.
Da Ideia: O sítio impôs as regras. As regras impõem deixar o vale “quase” intocável. Uma estrutura suspensa, apoiada somente em dois pontos garantem o impacto mínimo com o solo. O desenho procurou sintetizar nas proporções mais correta do espaço, o rigor das métricas pré-estabelecidas, as cargas admissíveis, a sistematização dos detalhes, e essencialmente a coerência na utilização dos materiais. O objeto arquitetônico procurou aproximar-se ao conceito de “ponte”, ao conceito de infra-estrutura.