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Arquitetos: Dominique Coulon & associés
- Área: 2100 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Eugeni Pons, David Romero-Uzeda
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Fabricantes: Albizzati, ERTCM, GEISTEL, HELLUY, Hunsinger, VOLLMER
Descrição enviada pela equipe de projeto. Schiltigheim é a terceira maior cidade do estado de Bas-Rhin (leste da França), em termos de população, e é a cidade mais densamente povoada da região metropolitana de Estrasburgo. Desenvolveu-se no século XIX, centrada na produção de cerveja e atividades industriais relacionadas. Essas atividades declinaram no final do século XX, deixando muitas terras industriais dispersas. A reabilitação da cooperativa de açougueiros faz parte de um processo iniciado pelo município que tem como objetivo regenerar o tecido urbano da cidade.
O lugar era originalmente uma destilaria, antes de se tornar uma cooperativa de açougueiros, e havia sido tomado pelas autoridades municipais, que o transformaram em uma área de exposição para jovens artistas e um local para apresentações teatrais. Quando o lugar deixou de cumprir as normas de segurança em vigor, foi fechado ao público - por uma década. O projeto de reabilitação substancial lida com a edificação de duas maneiras: a localização emblemática no coração do centro histórico da cidade ganhou uma nova vida, enquanto seu patrimônio e integridade arquitetônicos foram preservados. Seu programa misto e a passagem que cria conferem-lhe o status de espaço público, acomodando um mercado, espaços para lojistas, uma área de exposição e uma oficina criativa.
Este novo centro de arte e mercado coberto estão situados dentro de um contexto construído exemplar, compreendendo faixas de terra e peças notáveis de arquitetura vernacular. Embora afirmando sua dimensão contemporânea, ele destaca as qualidades construtivas e estéticas dos edifícios existentes no local. Ao fazê-lo, um processo que caracterizou a formação de nossa herança construída retorna.
A transparência das janelas contrasta com a opacidade material das casas de estrutura de madeira. Na parte superior está localizado o bar de verão que amplia a área de exposição ao ar livre. Esse arranjo generoso confere status institucional ao centro cultural que se destina, acima de tudo, a servir como um lugar onde todos possam se reunir e conversar. No interior, a arquitetura e a cenografia são usadas para promover a polivalência espacial, propondo um funcionamento interno eficiente e luz modular. Aqui, a área de exposição atinge seu ideal universal, tornando-se um espaço único com múltiplos usos.