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Arquitetos: Gubbins Arquitectos, Polidura + Talhouk Arquitectos; Gubbins Arquitectos, Polidura + Talhouk Arquitectos
- Área: 10 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Aryeh Kornfeld, José Miranda
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Fabricantes: Volcan
“O subsídio que entrega o Estado às famílias, é um investimento social que transforma a vivência em um bairro da capital que registra a mobilidade social. A partir desses conceitos toma-se a decisão de reduzir os recursos econômicos do projeto, em vez de entregá-lo concluído e consolidado, se decide entregar o interior dos apartamentos em condição de "obra habitável". Os usuários serão responsáveis por completarem suas casas. A família receberá um ativo de capital no qual poderá investir, sem afetar o todo. Dessa forma, é possível atingir uma consolidação bem-sucedida do entorno, valorizando o bairro e construindo melhores condições para o desenvolvimento do capital social". (Arriagada, 2002)
Produto de um concurso público desenvolvido em 2007, encomendado pelo Município de La Reina, o projeto fornece uma solução definitiva de habitação para 151 famílias da região.
Inscrito no Programa de Fundo de Solidariedade Habitacional II da Divisão de Política Habitacional do MINVU, o projeto é destinado ao atendimento habitacional de famílias inseridas em 40% dos domicílios com maior vulnerabilidade e que, consequentemente, recebem subsídio do Estado. Ele deve se constituir em um investimento social que transforma a habitação em um ativo de capital que permite a mobilidade social das famílias. O objetivo do projeto é consolidar a moradia como capital, patrimônio e, por fim, bem durável e negociável.
As cidades mais inclusivas são construídas através de bairros socialmente integrados, e ter um solo urbano de qualidade garantirá a integração e a inclusão social de 151 famílias que sempre pertenceram à região da Reina. O projeto está localizado em lotes pertencentes ao Município que, apesar de possuir muito boa conectividade e valor em termos de terra, apresenta duas condições que foram decisivas na tomada de decisão do projeto; uma queda vertical de 5 metros, entre a Rua Las Perdices e o terreno, que também conta com aterros, e a existência de uma Linha de Alta Tensão, que gera uma faixa de proteção, impedindo a construção em grande parte do terreno.
Nós nos propusemos a transformar essas externalidades, consideradas negativas a partir do terreno, em aspectos positivos que fossem capazes de criar a identidade e o caráter do novo condomínio.
Com relação aos desníveis existentes, propõe-se trabalhar com muros de pedra que, além de constituírem a solução em termos estruturais como a contenção de terra, serão os elementos que darão identidade ao todo. Geralmente essa tipologia de projetos não possui recursos para manter áreas verdes, e estas são transformadas em grandes extensões de terra. A pedra, neste caso, é o pano de fundo como paisagem natural de um espaço público consolidado.