- Área: 650 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Ricardo Loureiro
Descrição enviada pela equipe de projeto. A fábrica que parecia uma casa para se encaixar em seu contexto, ideia do proprietário original, foi transformada num bloco de habitação social que se assemelha a uma fábrica. Uma insinuação arquetípica e existencial.
A geometria da planta começa a partir do alinhamento colunas pré-existentes. O eixo, descentrado devido aos diferentes tamanhos das máquinas que originalmente ocupavam o espaço, forneceu uma matriz; a partir desse ponto, as geometrias foram achadas e intersectadas na regra.
Seis quartos quadrados, um deles dividido em dois espaços triangulares, uma curva e uma pequena dobra. Regras, excepções e simetrias desequilibradas foram impostas. Uma sequência de portas azuis igualmente distanciadas, as três colunas de betão e a viga brutal criam uma sensação de continuidade ao longo dos diferentes apartamentos.
A fachada é displicente e ordenada, seguindo as regras ditadas pela planta. O volume branco é enfatizado pela grelha aparentemente regular de janelas idênticas; os tubos de queda são exuberantemente empregados. A cornija pintada, a rudeza da textura branca, a repetição da mesma abertura e a porta azul de escala doméstica suportam uma linguagem. A economia de meios é apenas a contra-parte da retórica imposta pela planta.