-
Arquitetos: FAHR 021.3
- Área: 64 m²
- Ano: 2018
-
Fotografias:Chao Yu Chen
-
Fabricantes: AutoDesk, GRAPHISOFT, Rhino 3D
Descrição enviada pela equipe de projeto. O local de intervenção trata-se de um antiga estação de comboios desativada há mais de uma década na cidade de Taitung, Taiwan. A estação desempenhou um papel importante no crescimento da região tendo ficado um espaço vazio aquando o seu abandono. Inserida num esforço do governo local em reativar esta zona da cidade, a ideia é transformar a estação num espaço cultural, flexível e para todos.
No estúdio acreditamos que este tipo de vazios concentram em si a oportunidade gerar novos usos e, atendendo ao sentido de apropriação dos cidadãos, achámos que fazia sentido desenhar um espaço livre e sem função, um espaço disponível para diferentes formas de estar. Um espaço para nada é na verdade um espaço onde tudo pode acontecer, um espaço que promova reflexão e um novo início, um espaço de liberdade e sem código, um espaço individual ou um espaço colectivo, um espaço que se termina na relação que estabelece com qualquer um.
A forma é resultado de uma intenção de simplicidade traduzida num enorme cubo branco translúcido de 8 x 8 x 8m que apenas se desfaz num vértice que se ergue no ar e assinala o momento de incursão ao interior. Através de um gesto leve quisemos desmontar o peso e a escala da forma, como se quiséssemos ver o que está por baixo do pano e o levantássemos para deixar entrar o olhar.
O interior não é mais do que uma sala no exterior, quatro paredes que se erguem e nos direcionam o olhar para o céu, um espaço inacabado, uma extensão do parque e do jardim que o antecede e lhe confere habitabilidade. Um espaço onde se pode estar sozinho ou em grupo, numa exposição ou num concerto de música, numa sessão de meditação ou a brincar envolvidos por vapor de água ou luz, um espaço para todos e de todos. Assim é o interior como o exterior. Um desafio à espontaneidade e à apropriação do espaço público.