Descrição enviada pela equipe de projeto. A "rosa do deserto" é uma formação rochosa típica dos desertos do golfo pérsico e resultante da cristalização de sais minerais nas bacias rasas de sal da região. O edifício projetado por Jean Nouvel, inteligentemente busca inspiração nestas magníficas estruturas cristalizadas, mimetizando seu sistema de plataformas em formas discos suspensos incrustados em um volume maior, mais denso. Estes elementos etéreos abrigam uma série de espaços expositivos os quais se espalham ao longo de um circuito elíptico contínuo em torno de uma praça central, a Howsh, onde manifestações ao ar livre tem lugar. A metáfora da rosa do deserto é uma homenagem a cultura e o clima do golfo pérsico. O museu parece brotar do chão, como se ele fosse uma escultura de sal, uma formação natural de formas complexas. Estes enormes planos suspenso proporcionam um eficiente sombreamento das fachadas além de criar uma série de mirantes e terraços abertos.
O percurso expositivo do museu segue um fluxo elíptico e contínuo que evoca as ondulações naturais das dunas da paisagem desertica do Catar. Enormes aberturas oferecem belas vistas do pátio central aberto, dos jardins do museu e mais além, para a Baía de Doha. As exposições permanentes do Museu Nacional do Catar estão focadas principalmente na história ambiental, cultural e política do país - desde a pré-história até os dias de hoje. O percurso do museu culmina no antigo palácio histórico, uma das jóias da coleção do museu, completamente restaurado à seu estado original.
O museu encontra-se envolto por um projeto de paisagismo impressionante que remete as paisagens típicas do Catar, alternando dunas, pântanos e oásis. Construído inteiramente com espécies nativas, este parque urbano conta a história do Catar e como esta cultura floresceu em um ambiente completamente hostil como o deserto. Grandes gramados são o lugar perfeito para deitar e relaxar a luz do luar enquanto que uma área de estacionamento para até 430 veículos se integra ao parque para facilitar o acesso ao museu.
O edifício é como uma rosa do deserto, um grande bloco desde onde brotam uma série de discos inter-travados. Estas plataformas suspensas possuem seções esféricas e os mais variados diâmetros. Em determinados momentos estes discos se apoiam uns nos outros ou funcionam como estruturas de travamento do edifício. Assim como no exterior, a paisagem interior reflete esta mesma lógica, com planos e plataformas interligadas que atravessam o espaço. Os acabamentos são neutros e monocromáticos como a paisagem desértica do lado de fora. Os pisos foram executados em concreto aparente polido, com um tom arenoso e pequeníssimos agregados minerais. As paredes conservam esta mesma aparência, como se tudo fosse construído a partir de um mesmo material, como se o edifício fosse uma formação rochosa que nasce em meio ao deserto do Golfo Pérsico.