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Arquitetos: 24 7 Arquitetura
- Área: 450 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Adriano Pacelli
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Fabricantes: Art des caves, Artzzi, Casa Di Irena, Deca, Gabbeh, Lovato Marcenaria, Luminar, Marcenaria Dalben, Maximmus Marmoraria, Power Soll, Premiar, Quattro Vetro, Rewood, Sob Medida persianas, São Luiz Vidraçaria, Tristão Serralheria, Vertz Iluminação, Zanchet Madeiras
Descrição enviada pela equipe de projeto. O dia a dia agitado nos grandes centros urbanos impulsiona famílias a buscarem um refúgio para a tranquilidade nos finais de semana. Para nossa sorte, o terreno escolhido dentro de um haras, no interior de São Paulo, concentrava uma série de aspectos positivos para a concepção do projeto: vistas, lote com grandes dimensões, orientação solar, generosos recuos, percentagem alta de permeabilidade do solo, ausência de muros de divisa. Porém, uma exigência no regulamento de obras do condomínio, com relação à cobertura das casas, pegou os clientes de surpresa.
As referências do casal que acabara de passar as férias em uma vinícola com arquitetura contemporânea e influenciados por um de nossos projetos recém-publicado na época, remetiam a uma casa com volumetria que ocultasse os telhados, porém o regulamento do condomínio não permitia o uso de lajes planas, tampouco telhado embutido. Seria a nossa primeira casa com telhados aparentes.
O programa de necessidades requerido e o tamanho do terreno tinham a proporção exata para o que acreditávamos ser o ideal para uma casa térrea com bastante área livre para o convívio externo.
A Casa Haras surge de uma implantação pavilhonar constituída por 3 volumes: dois paralelos, com orientação NE- SO e um terceiro perpendicular de ligação com orientação NO-SE, como um “H”. A ideia partiu do desejo de ter a área de lazer central aos demais espaços da casa, e, com a implantação sugerida, conseguimos criar duas áreas de convívio externo: uma principal com deck e piscina e outra secundária, com spa, espelho d’água e um fogo de chão que, apesar de separadas pelo volume perpendicular, estão conectadas visualmente pela transparência das portas de correr de vidro.
O pavilhão da fachada principal recebe basicamente a distribuição da área de serviço + garagem, e é por onde também acontece o acesso social da casa. Uma porta de vidro na fachada principal revela o hall de entrada da moradia e mais nenhum outro ambiente, apenas uma parede de pedra ao fundo e painéis de madeira nas laterais, que ocultam uma adega e um ambiente de chapelaria para as visitas.
O pavilhão central, envidraçado em ambos os lados, concentra uma extensa área social com sala de jantar e uma ampla sala de estar com lareira, proporcionando uma sensação de inserção plena ao conjunto de lazer da casa.
Já o terceiro pavilhão concentra a ala mais íntima com 4 suítes e uma sala de TV. A varanda externa, comum a todos os quartos, possibilita uma circulação mais direta aos aposentos da casa, já que elimina a necessidade de transitar pelo corredor interno, deixando a circulação mais dinâmica e a casa mais integrada ao lazer.
A distribuição térrea do programa da casa confere a todos os ambientes uma sensação de continuidade além do limite construído, já que todos possuem relação visual direta através de portas de correr envidraçadas com os mais de 1.150m² de terreno livre descontados da área construída da casa. O alto índice de permeabilidade do solo, na ordem de 60%, garantiu uma área generosa para o paisagismo que abraça a casa pelos recuos frontais, laterais e de fundo, e avançam pelo núcleo central desconstruído.
A volumetria simples e a pureza do telhado de duas águas em todos os 3 blocos da casa foi fortalecida pela decisão de enterrar o volume da caixa d’água debaixo do deck da piscina. Esta intenção acabou contribuindo de forma significativa com a harmonia do conjunto arquitetônico e com o desejado aspecto de casa de campo, que ficou ainda mais fortalecido pelo uso de materiais naturais, como o revestimento de pedra nas empenas das paredes e o uso da madeira nos painéis de portas, forro e ripado da fachada.