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Arquitetos: 24 7 Arquitetura
- Área: 250 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Adriano Pacelli
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Fabricantes: Cosentino, Atlas Concorde, Atmósferas, Brasil Imperial, Caesarstone, Deca, Escenium HAUS, Indusparquet, Portinari, Roll it, iluminar
Descrição enviada pela equipe de projeto. Da década de 80, o prédio em lâmina com orientação norte-sul, do renomado arquiteto campineiro Gilberto Pascoal, agradava e muito os clientes. Sol da manhã nos quartos, grandes aberturas e consequentes iluminação e ventilação natural abundantes, além da privilegiada localização na cidade, fazia valer a pena o grande desafio que estava por vir. A reforma deveria englobar todos os ambientes e incluir a troca de todas as janelas da cobertura, além dos pisos, revestimentos, portas, fiação elétrica, tubulações hidráulicas, relocação da prumada, marcenaria e impermeabilização do andar superior.
O projeto preservou a distribuição interna original, com exceção da alteração da lavanderia, wc superior, e da retirada de algumas paredes que deram lugar a portas de correr de vidro. Na cozinha, agora integrada, uma viga de concreto foi deixada aparente e figura como protagonista do andar inferior, já que não apenas marca o limite da cozinha com as salas, como revela a brutalidade do concreto, com as marcas dos pregos e de alguns enchimentos de papelão despertando sempre a atenção das visitas.
As portas originais, com altura convencional de abertura, foram substituídas por novas portas piso teto, valorizando o expressivo pé direito do apartamento, característica marcante dos prédios mais antigos. Os batentes originais de ipê foram reutilizados e adaptados às novas portas que agora somem nas paredes. O conceito minimalista do projeto está presente também na escolha dos principais materiais de revestimento, que vão do cinza ao branco e o contraste com as marcenarias em lâmina natural de freijó. Já no andar superior, uma grande sala junto a um bar projetado com ripas de madeira, se integram à varanda em L, onde se encontram a churrasqueira e a piscina.
O piso de ladrilho hidráulico com formas geométricas e o cimento queimado das paredes, criam uma atmosfera discreta para a decoração e permitem que o verde das folhagens do jardim vertical, desejo antigo dos moradores, forme um belo plano de fundo aos que sobem pela escada. Espécies tropicais se adaptaram muito bem ao jardim e demandam baixíssima manutenção, graças à irrigação automatizada e ao substrato rico em minerais.
Todos os metais como cobre e alumínio, além das madeiras, pedras e entulho gerados na reforma foram devidamente separados. Parte do material foi vendido em cooperativas de reciclagem e a outra parte, coletada por empresa especializada na gestão de resíduos sólidos.