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Arquitetos: Anastassiadis Arquitetos
- Ano: 2017
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Fotografias:Ana Mello, Ruy Teixeira, Edson Garcia
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Fabricantes: A Janela, Artefacto, Atelier Adriana e Carlota, By Kamy, Celina Dias, Clamom, Cristiana Bertolucci, Deca, El Espartano, Emporio Beraldin, Entreposto, Indusparquet, Kartell, Kvadrat, La Lampe, Latão Arte, Levantina, Lumini, Metalferco, Montenapoleone, +13
Descrição enviada pela equipe de projeto. O terreno, no bairro do Panamby, pertenceu a Francisco Matarazzo Pignatari. Na época, Matarazzo encomendou um projeto de arquitetura e pretendia mudar-se para a propriedade com a esposa. Após o fim do casamento, o projeto foi paralisado restando no local apenas o paisagismo de Burle Marx. Anos mais tarde, os jardins foram transformados em parque municipal e a área, onde fica o Palácio Tangará, começou a ser revitalizada.
Toda a arquitetura de interiores, projetada por Anastassiadis Arquitetos, foi planejada a partir das obras de arte selecionadas para os ambientes – elas são o fio condutor da narrativa que sustenta o projeto. “O que mais me inspirou foi uma aquarela do século XVIII do Debret, com matizes acinzentados que dizem tudo sobre o olhar que o forasteiro sempre teve do Brasil”, conta Patricia Anastassiadis. No lobby, o piso revestido com mármore recebeu um recorte elipsoidal, executado em padronagem solar estilo Chevron.
O detalhe côncavo no teto criou uma espécie de domus para abrigar a obra “Papéis Avulsos” em folhas de ouro, de Laura Vinci– que remontam à história da exploração do metal no Brasil-Colônia. Atrás do balcão da recepção, a obra Mixirica, de Artur Lescher, alinha a cena.
O Burle Bar reforça a atmosfera que mistura o olhar estrangeiro com a brasilidade, utilizando matérias-primas abundantes na flora nacional, como madeira e pedras naturais. Nas paredes, painéis contínuos em madeira com recortes enquadram as obras dos fotógrafos Christian Cravo, Cassio Vasconcelos, Araquem Alcantara, Alessandro Gruetzmacher, Valdir Cruz, Claudia Melli e Fernando Arias com a temática da natureza brasileira.
O restaurante Tangará Jean Georges conta com um private dinner, chef’s table para 16 convidados e adega – esta última chama a atenção pela raiz de pequi de Pedro Petry bem ao centro, fazendo o contraponto da natureza brasileira com a tradição europeia. No salão, encontram-se obras da ceramista Heloisa Galvão e mobiliário desenvolvido especificamente para o projeto com fornecedores nacionais.
O SPA é composto por salas de tratamento, saunas e uma piscina revestida com mármore e detalhes em pastilha, que aproveita da luz natural do espaço. Nestes ambientes, a arquitetura participa da experiência oferecida pelos tratamentos da marca francesa, Sisley.