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Arquitetos: Ferdinando Fagnola, PAT. architetti associati; Ferdinando Fagnola, PAT. architetti associati
- Área: 350 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Pino dell’Aquila
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Fabricantes: Agape, Artemide, Bega, Bossini, Ceadesign, Corradi, Davide Groppi, Dedon, Depadova, Donghia, Effegibi, Elitis, F.lli Catella, Fantini, Fioroni, Flaminia, Flexform, Flos, Foscarini, Global Service, +26
Descrição enviada pela equipe de projeto. Concebido na década de 1970 por Ferdinando Fagnola e Gianni Francione, o complexo de moradias incrustadas na terra numa cidade perto da Costa Smeralda na Sardenha, Itália, foi recentemente objeto de um brilhante projeto de renovação desenhado pelo próprio Fagnola em conjunto com a PAT. architetti associati. A vitalidade, as qualidades espaciais, a sensibilidade ambiental e o espírito de comunidade que inspiraram o projeto há quarenta anos foram renovados, revivendo assim um episódio pouco conhecido da melhor arquitetura italiana.
O complexo de casas projetado na década de 1970 pelos arquitetos Ferdinando Fagnola e Gianni Francione tem vista para a costa nordeste da Sardenha, na Itália. Um projeto mimético mas com uma atitude firme, guiado pelo desejo de integrar o ambiente construído ao ambiente natural, e por isso desestruturado e distribuído em uma série de volumes rigorosos que cortam o chão como cunhas, gerando uma série de relações e espaços abertos. As moradias tendem a desaparecer na natureza e se misturam à vegetação.
Quando foram concebidos, interpretando as concepções mais originais e as melhores sensibilidades ambientais do final dos anos setenta, os volumes foram projetados para estabelecer uma relação quase mimética com a natureza, distanciando-se do vernáculo mediterrâneo que era popular na área. Os edifícios emergem do solo e suas formas misteriosas e severas foram projetadas para se relacionar com o espaço e a orografia do solo.
Hoje, quarenta anos depois, a visão geral do complexo está finalmente sendo cumprida. Isto deve-se à aquisição de três das cinco unidades originais em 2011, tornando assim possível reagrupar o complexo arquitetônico inicialmente concebido. Volumes adicionais foram possíveis graças à Piano Casa e a novas funções recreativas e relacionadas ao esporte que guiaram o programa.
O arquiteto Ferdinando Fagnola, que tem projetado museus, escritórios e residências há mais de quarenta anos, foi contratado para renovar as casas. Ele propôs ser apoiado pelos colegas mais jovens do PAT, escritório ativo internacionalmente com numerosos trabalhos que integram design e um firme compromisso com a sustentabilidade. Influenciados por novas sensibilidades e guiados por novos critérios construtivos, os volumes que emergem parcialmente do solo e se propagam no ambiente expressam hoje toda a sua contemporaneidade e contam a história de um projeto atemporal desenvolvendo suas intenções originais e dando espaço a uma fértil colaboração entre duas gerações de arquitetos.
Vistas hoje, as moradias mantiveram o seu caráter moderno e atemporal: as linhas rígidas e essenciais dos edifícios misturam-se bem com o ambiente circundante, mas descobrem uma nova juventude.Novas cores, novas tecnologias, um projeto que ainda conta um episódio pouco conhecido da melhor arquitetura italiana: o da Fagnola e o da PAT. É uma intervenção filológica, mas também uma invenção que dialoga com o trabalho dos mestres e dá origem a um exercício de projeto contínuo a partir do qual emerge uma história sólida, estruturada e cheia de episódios surpreendentes.
Com a nova equipe o projeto recuperou a força radical de sua visão original e ao mesmo tempo introduziu novos elementos que são encontrados nos materiais, cores, distribuição e organização espacial que se estende a todo o complexo no conceito de fragmentação de funções que já caracterizava cada unidade.A reunificação das distintas propriedades num único trabalho integrado, distribuído no terreno, foi o fio condutor do novo projeto, concebido para o uso de uma grande família composta por um casal com cinco filhos e os seus numerosos convidados.