Contexto
O projeto MA 4519, localizado no bairro de Saavedra, é apresentado como a oportunidade de operar em um lote residual para o mercado imobiliário tradicional, investigando a densidade habitacional sem renunciar a qualidade de vida. Em um pequeno terreno de 8,66 x 12,50 m, no distrito R2B1 e sem fachada para a rua, é permitido construir em todo o terreno, gerando uma proposta de operações morfológicas que articulam em relação a ao contexto heterogêneo desse tecido urbano em contínua transformação.
O projeto aproveita a altura máxima do zoneamento do bairro, a partir de uma série de espaços escalonados com expansões em diferentes alturas que estão relacionadas a ambos os limites. Sua volumetria virtual é completada com uma estrutura metálica que redefine os limites, qualificando as condições espaciais do projeto.
Terreno
Em um contexto complexo, entendemos que as decisões do projeto são atravessadas por condições econômicas, que nos obrigam a buscar a experimentação material pertinente. Projetando a interface entre o envelope máximo e a capacidade construtiva, o projeto aproveita a orientação do terreno, propondo uma série de expansões em terraços que permitem que a luz seja filtrada até o térreo. Isto é conseguido através da proposição de variabilidade tipológica: localizando as unidades de nível simples e maior desenvolvimento de planta nos pisos inferiores e aquelas de duplo nível (duplex) nas superiores, desmaterializando o volume à medida que atinge a altura.
Disposição
A planta do térreo apresenta o hall de entrada, as garagens e uma unidade profissional multiusos com o seu próprio pátio. No primeiro nível, 2 unidades de habitação menores foram projetadas, o que nos permite configurar várias disposições com base em sua indeterminação programática. No nível superior, duas unidades duplex estão localizadas, com expansão dupla gerada a partir de avanços e recuos. Ao mesmo tempo os níveis dos mesmos foram rodados para favorecer a ventilação cruzada. Novos gradientes coletivas e íntimas são propostos nos acessos a cada unidade, projetando áreas semi-cobertas integradas ao pátio do edifício, configurando um espaço intermediário entre o comum e a unidade.