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Arquitetos: Policrónica
- Área: 204 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Guillaume Guerin
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Fabricantes: Ecorock, ISOCELL, Kebony, Levantina
Descrição enviada pela equipe de projeto. O objetivo deste programa foi transformar duas ruínas localizadas em Cabo Espichel, Portugal. Este projeto é uma espécie de introdução ao empreendimento do Hotel Etosoto.
Num processo de conservação do existente, a estrutura foi preservada. Reestruturamos os volumes com um envelopamento exterior de madeira, que redesenha os volumes mantendo o que já estava no lugar. As madeiras foram selecionadas de forma consciente, com a ideia de dar-lhes uma segunda vida. O revestimento é feito de pinus tratado com um composto de cana-de-açúcar, chamado Kebony.
As estruturas interiores e exteriores são compostas por pinus de produção local, autoclavados e sem tratamento. Os laminados interiores são de eucalipto, também produzidos localmente. As casas são 100% energeticamente autônomas, graças à instalação de painéis solares, localizados nos campos ao seu redor para mesclar-se com a vegetação. O aquecimento e refrigeração são possíveis graças a um trocador de calor.
As águas cinzas são tratadas por uma mini estação que permite 100% de filtragem e, portanto, a sua reutilização na agricultura. Não foi feita nenhuma intervenção paisagística ao redor das casas, permitindo a sua integração no contexto natural existente.
As formas simples dos edifícios e as tonalidades da madeira permitem que estes se misturem com a paisagem de diferentes formas, dependendo das luzes e das estações do ano. O interior de madeira torna-se muito mais leve graças às variadas formas e alturas das janelas, oferecendo aberturas para as paisagens diversas e marcantes, que são a força dominante nestes habitats.