- Área: 800 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Renato Navarro, Rubens Campos
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Fabricantes: ABC Cook, Power Lume, Sethvac, Super ABC Coifas, Tukasom
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Blue Note São Paulo é uma filial do tradicional clube de jazz e blues nova- iorquino, com casas em Nova Iorque, Napa, Hawaii, Milão, Pequim, Tóquio, Nagoya, Rio de Janeiro e agora São Paulo. O empresário Luiz Calainho, responsável por diversos projetos culturais e detentor da marca Blue Note no Brasil, junto com mais seis sócios, escolheram a Av. Paulista e o Conjunto Nacional para ser a sede do Blue Note São Paulo.
Os empresários precisavam de um escritório que atendesse a demanda urgente de projeto, para a obra acontecer quase que simultaneamente. O Studio ió Arquitetura foi indicado pela DPC Engenharia, empresa contratada para iniciar as obras de demolição e serviços complementares. Em menos de uma semana foram realizadas reuniões com a equipe de operações, equipe do Conjunto Nacional e empreiteira, e apresentado um material de concepção e pesquisa, já com layout proposto, que foi prontamente aprovado com alguns ajustes: aumentar a área da cozinha industrial.
Por ser uma franquia e estar em um prédio tombado pelo Condephaat, existiram alguns itens a serem seguidos: não alterar piso externo, não alterar fachada, não alterar cobertura. A influência principal foi a casa de Nova Iorque e a da Tóquio. A inspiração foi utilizar a cor escura da noite, a cor dos instrumentos (latão), a madeira do Brasil e que por sorte já tínhamos em algumas áreas existentes do espaço e que foram reaproveitadas, a luz azul Blue Note em contraste com o amarelo âmbar do sol no bar e iluminação pontual. O estilo da marca já é intimista, que o projeto quis reforçar ainda mais, fazer um ambiente sofisticado e simples ao mesmo tempo, onde a estrela é o show que acontece no palco. Tudo foi pensado para o cliente se sentir quase num show particular e vivenciar ao máximo as emoções.
O projeto iniciou da Av. Paulista para dentro onde todo o salão ficou livre, exceto pelos pilares redondos estruturais existentes, de modo que o cliente quando entra para o show saiba que está no coração de São Paulo. Ele senta à mesa e vê a Paulista como cenário atrás dos vidros acústicos e quando as cortinas fecham, ele sabe que o show vai começar. Para atender a função de casa de show, 90% das paredes internas foram demolidas; praticamente 60% do piso da recepção foi elevado ao nível do restante do espaço.
O espaço ganhou dois camarins com banheiros privativos, cozinha industrial, sala administrativa, banheiros funcionários, área de estoque e pisos elevados no salão das três áreas de sofás e palco. O bar ficou separado pela mesa de controle de som e iluminação, para alinhamento com o centro do palco. A cozinha industrial foi projetada para atender aproximadamente 330 refeições por show. As mesas em duas alturas diferentes foram dispostas de maneira que os clientes tenham a máxima visão do show e para facilitar a circulação dos garçons, que atendem todo o tempo do show.