Descrição enviada pela equipe de projeto. Pillars of Dreams é um pavilhão escultórico construído para sensibilizar os nossos sentidos. Pairando ao lado do recentemente reinaugurado Valerie C. Woodard Center, em Charlotte, na Carolina do Norte, este pavilhão nada convencional foi feito para ser experimentado e descoberto. Sua cobertura em forma de nuvem flutua sobre a superfície do terreno de onde brotam nove pilares, uma superfície contínua construída em pequenas placas de alumínio que dão forma e esta estrutura de formas surreais. Em meio a esta envoltória amorfa configura-se uma série de espaços de estar dotados de pequenos bancos agrupados, estabelecendo uma praça pública coberta onde os visitantes e funcionários podem descansar à sobra sempre mutável desta estrutura. Ao lado da calçada de acesso ao edifício vinda do caminho que leva ao estacionamento, o pavilhão Pillars of Dreams se transforma em uma pausa neste itinerário cotidiano, proporcionando um espaço interativo e amigável. A estrutura aberta oferece uma proteção para o calor do verão, além de uma experiência dinâmica marcada pelo fantástico jogo de luz e sombras. A atmosfera interior, carregada de luzes e cores, inspira a curiosidade das pessoas que chegam ao novo Centro Valerie C. Woodard em Charlotte.
O projeto é uma evolução dos protótipos anteriores (Double Agent White, Situation Room, a pop-up for Louis Vuitton) desenvolvidos pelo estúdio novaiorquino MARC FORNES / THEVERYMANY. A diferença das outras estruturas, o novo pavilhão parece estar suspenso no ar, como um balão inflável flutuando a oito metro acima do chão. Mas não são balões de hélio que assumem a forma de nuvens, também não há sequer uma estrutura primária ou secundária neste pavilhão que parece saído de um sonho. A estrutura da pele, ou envoltória, se estende como uma grande superfície autossuficiente. A intrincada trama de pequenas placas de alumínio com 3 mm de espessura parece se dobrar e se contorcer para criar uma enorme superfície de dupla curvatura autoportante.
Como um labirinto tridimensional, a superfície ultra-fina do pavilhão é segmentada em dois elementos e duas cores que representam ambas as faces desta estrutura espacial e continua. Segmentação é o processo de decomposição de uma malha tridimensional em elementos menores, lineares ou não lineares. Produzidos através de um sistema de prototipagem, elementos não lineares são o resultado de um complexo sistema de dados que distorcem suas frações para construir uma estrutura estável e contínua. À medida que esta trama não linear da cobertura se junta com os elementos lineares dos pilares, revela-se uma estrutura dinâmica e complexa chamada de Pavilhão Pillars of Dreams. Quando esta superfície se expande para dar forma aos balões da cobertura, ela expressa toda a qualidade do processo de prototipagem. Ao longo da estrutura do pavilhão, bifurcações e sobreposições da malha assim como maiores e menores espaçamentos criam ainda mais profundidade a esta impressionante superfície aberta e autoportante. Como um balão de ar prestes a estourar, a pele se torna mais fina e transparente na extensão das abóbadas maiores e mais altas da cobertura, permitindo uma melhor iluminação natural ainda que difusa. Onde os volumes se fundem, junto aos pilares, a malha se torna mais compacta revelando uma maior rigidez estrutural.
A face exterior, majoritariamente branca, oculta o tom interior azul como a cor do céu. As aberturas na superfície da envoltória revelam os matizes do espaço interior, revelando uma dinâmica combinação de luz e sombra e de cheios e vazios. De longe, a forma complexa do pavilhão parece se diluir nos tons suaves da paisagem, mas ainda assim, é possível visualizar o brilho e a riqueza de cada detalhe. Ele chama a atenção de quem quer que passe na rua em frente ao centro, mas para ser compreendido, ele precisa ser explorado e descoberto desde dentro. A intensidade de suas cores e nuances aumenta à medida que nos aproximamos do pavilhão até finalmente revelar toda a sua potência quando passamos para o lado de dentro - que mal sabemos onde começa e onde termina.
No interior, a cor irrompe não apenas sobre as nossas cabeças, no interior desta cobertura em forma de nuvem, mas também ao nível dos olhos, enquanto esta estrutura se abre para acolher os visitantes em seu interior. Gradualmente a intensidade das cores aumenta a medida que a estrutura ganha altura. Sob este céu estrelado de luz, somos convidados a sentar e observar este dinâmico ritmo de cores e sombras. Sob essas curiosas abóbadas, a cor encontra a luz assim como as pessoas se encontram e se reúnem para explorar o espaço, se divertir e, talvez, sonhar ainda que com os olhos bem abertos.