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Arquitetos: Ricardo Ropelle Felippi Arquiteto
- Área: 432 m²
- Ano: 2018
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Fabricantes: Terracor, Atlas Concorde, Cerâmica Portinari, Elite Tendências – Claris Tigre, GMGR Engenharia, Hansa Iluminação, Mosarte, Naldi Mobili, Palimanan Revestimentos Naturais, VIP Marcenaria, Verdes Nobre Revestimentos Exclusivos, Vão Livre Estruturas Metálicas
Descrição enviada pela equipe de projeto. Uma casa no final da rua de um condomínio fechado. Dentro da cidade, mas, distante da vida urbana. Isolada de seus vizinhos por conta da posição do lote no bairro e pela mata que define o limite de fundo do terreno. O lote, com sua geometria singular, exigiu atenção e cuidado na composição dos espaços para potencializar a conexão entre natureza e arquitetura. O projeto da casa estruturado em dois setores bem definidos é, em parte, uma resposta à geometria do terreno e, em outra, resposta ao programa desejado pelo moradores: uma casa com ambientes de convivência integrados e conectados com a natureza e áreas íntimas reservadas.
Duas lâminas definem e limitam esses dois setores, dois grandes muros em concreto aparente que abraçam em sua parte central os espaços de estar e um amplo e generoso jardim, privilegiando a convivência e o contato entre pessoas, natureza existente e ambiente construído. Na parte extra muros estão localizadas os dormitórios, serviços e apoios. As áreas de estar e convivência estão todas reunidas em um único ambiente e a sua conexão visual e física com o jardim é valorizada por uma janela de correr que se estende por toda a lateral que divide com o terraço coberto.
Quando totalmente aberta, as transformam em um grande terraço trazendo a natureza com sua luz e perfume para dentro do ambiente, aumentando a sensação de proximidade entre pessoas e jardim. Por toda a casa a relação visual das áreas internas com o jardim, a mata e o céu é provocada por aberturas projetadas para direcionar o olhar e banhar com luz natural todos os ambientes. O projeto de interiores teve como objetivo principal a criação de uma atmosfera com o aconchego necessário para a permanência em seus ambientes internos e aproximação da natureza com o interior da casa.
O cuidado e atenção na escolha de texturas, tecidos, cores, materiais e acabamentos do mobiliário aumenta a conexão com elementos da natureza do toque ao olhar. No paisagismo intramuros árvores nos remetem às origens da habitação humana e ao sentimento de acolhimento pela proximidade com a natureza. Espaço para uma atmosfera de reflexão, profundidade interior e relaxamento. Dois muros que sustentam as linhas da fronteira entre o caos urbano e uma atmosfera de calma e serenidade. Fronteira entre os ruídos da cidade e os sons da natureza. Muros que desenham o vazio, orientam o olhar e envolvem o corpo. Um lugar onde podemos simplesmente existir.