- Área: 191 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Idea Cúbica, Documentación Arquitectónica, The Raws
Descrição enviada pela equipe de projeto. O pavilhão MF é uma extensão programática independente de uma residência unifamiliar existente, o qual integra-se de maneira sútil e estratégica a ela, estabelecendo uma nova forma de coexistência produtiva e complementar sem perturbar a hierarquia da casa. O projeto do pavilhão nasce de um estudo detalhado das condições formais existentes, considerando a geometria do terreno e a sua conexão com a casa, fazendo que a sua planta seja uma consequência, uma resposta direta ao contexto no qual está inserida.
Esta estrutura abriga uma sala de jantar e estar, um bar e uma sala de bilhar além de uma varanda com churrasqueira que faz a mediação entre o pavilhão e o terreno, conectada com uma escadaria que funciona como um pequeno anfiteatro que dá acesso ao jardim. De forma a respeitar os desníveis do terreno, o edifício foi enterrado em relação à casa, preservando também a vegetação existente, a qual passou a ser um dos protagonistas deste projeto, proporcionando uma conexão direta com arquitetura e paisagem.
O conceito que orientou o desenvolvimento deste projeto foi a atemporalidade da arquitetura. Formas sóbrias, linhas simples e planos que dão forma ao espaço do pavilhão. Da mesma maneira, esta sutileza do desenho é expressado também na materialidade do pavilhão, completamente construído em concreto aparente, enquanto que o interior, revela um espaço de dramática expressividade.
Cada uma destas diretrizes contribuiu de forma fundamental para a definição da tectônica do pavilhão:
Condicionante 1: Intervenção mínima. O cliente desejava que o novo edifício causasse o menor impacto possível no terreno e na vegetação existente;
Condicionante 2: Autonomia. O pavilhão deveria funcionar de maneira autônoma e independente da casa. Neste sentido, a definição de PAVILHÃO vem a calhar, ele é uma adição complementar à estrutura da casa e não uma expansão da mesma.;
Condicionante 3: Relação física. Era muito importante que a altura do pavilhão não ultrapassasse a altura da varanda da casa, evitando bloquear a vista para a imponente Sierra Madre, fazendo com que o pavilhão funcionasse como um porão;
Condicionante 4: Relação com a natureza. A natureza desempenha um papel fundamental na relação entre o pavilhão e a casa, fazendo a mediação entre os dois edifícios independentes ao mesmo tempo que faz deles, componentes de uma mesma arquitetura;
Condicionante 5: Reconhecimento. O projeto da casa é visto como um exemplo de arquitetura contemporânea. A partir disso, a tectônica do pavilhão procura dissimulá-lo no terreno, reconhecendo as suas diferenças sem comprometer a unidade do projeto;
Condicionante 6: Materialidade. O projeto do pavilhão, entendido como uma joia enterrada no terreno, utiliza-se apenas de materiais e acabamentos naturais.