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Arquitetos: Olimpia Lira
- Área: 330 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Tomás Rodríguez
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Fabricantes: Arauco, Carvalho Luxux en MK, Ventanas Chile
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Descrição enviada pela equipe de projeto. A encomenda consistiu em projetar um ateliê para uma ceramista, em conjunto a uma residência para sua jovem e crescente família. O projeto deveria relacionar estes programas o suficiente para que houvesse controle de um sobre o outro, mas também mantendo certa independência para separar o lugar de trabalhar do de habitar. A matéria prima em um ateliê de cerâmica é a argila, a qual é queimada para ganhar estrutura. Com essa mesma operação são feitos os tijolos, material escolhido para a construção da obra. Esse material foi deixado em evidência em todos os momentos, fazendo uma conexão entre a estrutura e o que acontece dentro dela.
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A abóboda, por sua vez, como elemento arquitetônico faz uma alusão formal aos fornos onde se queima a cerâmica e ao tradicional sistema construtivo de coberturas feitas em tijolo e que dessa vez foi construída como uma estrutura mais leve do que as convencionais. Além disso, a abóboda permite ter uma altura maior em cada ambiente, sem a necessidade de ter paredes laterais altas, permitindo obter espaços íntimos e amplos ao mesmo tempo. A mesma abóboda do ateliê é repetida paralelamente em diversas longitudes através do terreno, criando um sistema de naves onde se estabelecem os diferentes usos do projeto. Assim, no ateliê há uma grande nave para trabalhar e fazer aulas de cerâmica, enquanto na casa há uma nave para dormir, outra para brincar, uma para estar, uma para comer e outra para cozinhar e lavar. Essas naves deixam espaço entre si para a circulação e para integrar antigas castanheiras, as únicas árvores preexistentes no terreno.
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No interior, o espaço comum da sala jantar, estar e uma saleta é contínuo e aberto, mas em termos espaciais, cada um desses programas é separado pelas próprias abóbodas que vão em sentido perpendicular ao espaço geral. As diferentes alturas entre os apoios e os pontos mais altos das abóbodas permitem aberturas em todos os sentidos, privilegiando uma conexão com o entorno através das vistas em diferentes alturas e a entrada de luz a todo momento. Desta maneira também há uma permanente mudança de atmosfera luminosa através do dia e das estações do ano. De fora, as naves das abóbodas foram pintadas de branco, deixando em evidência a textura do tijolo, enquanto nas circulações, onde o teto é plano, o tijolo foi deixado aparente, como uma forma de diferenciar os dois sistemas. Os acabamentos internos são de materiais nobres e simples, assim como os materiais utilizados na cerâmica.
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