Descrição enviada pela equipe de projeto. Situado em uma esquina bastante movimentada da cidade, em um edifício que originalmente abrigava uma antiga mercearia. Com tijolos descascados e grandes aberturas em ferro preto, o Jolly Gastro Lab certamente é notado por quem ali passa. Laboratório (Lab) era a palavra chave, por isso o ambiente deveria ter essa cara de inacabado e desconstruído, em constantes experimentos e mudanças. A edificação deveria dar suporte ao foco principal do bar: os drinques e gastronomia diferenciada.
Dessa forma, a primeira coisa a ser pensada foi em como dar vida àquele grande salão e criar diferentes ambientes dentro de um só? Para isso, tomamos partido do perímetro da esquina, área que consideramos ser a mais nobre do prédio, para colocar a área do salão em forma de “L”. Assim, enquanto a cozinha e os banheiros ficariam no centro do prédio, as pessoas poderiam ficar sentadas bem perto da rua, vendo todo o movimento.
Dentro desse “L” criamos 4 formas diferentes de vivenciar o Gastro Lab, (alguns até ganharam apelidos carinhosos como o “cafofo”, a “garagem” e a “mureta”): A “Garagem”, salão mais amplo com mesas de pinus e cadeiras escolares, abriga também a arte feita pelo artista plástico Eduardo Rodrigues diretamente nos blocos de cimento; O balcão do Bar, que sempre foi o nosso foco principal, deveria estar em evidência e engloba também a área dos sofás centrais (mureta); Já o “Cafofo” rebaixado e intimista – com duas mesas comunitárias ou para grupos maiores e bancos mais altos, fica um pouco mais resguardados pelas estantes metálicas.
A proposta do Jolly Gastro Lab foi, desde o início, ser um local diferente de tudo que havia na cidade. Onde as pessoas deveriam primeiramente se sentir à vontade, onde pudessem ir tanto depois do trabalho quanto para celebrar alguma data especial. Ou, ainda, simplesmente tomar um drinque por meia hora ou passar a noite toda beliscando os mais variados pratos. Ou seja, um ambiente descontraído, mas ao mesmo tempo com o seu charme peculiar, que deixasse aquela vontade de “Quero voltar amanhã novamente!”.
O rebaixo do forro no “cafofo”, a escolha da madeira pinus, da vegetação interna, a arte colorida, os lambe-lambes nas paredes e mesmo a iluminação foram responsáveis por dar o ar aconchegante do ambiente. O restante foi ambientado com materiais mais brutos, cimento, ferro, tijolos originais descascados e bloco de cimento aparente, com alguns pontos de leveza e claridade, como o revestimento branco do balcão, as pastilhas hexagonais no banheiro.