- Área: 8561 m²
- Ano: 2018
-
Fotografias:Enrique Guzmán G.
-
Fabricantes: Hunter Douglas, Argos, Construcciones Acústicas, Groncol, Ladrillera Santafé, Ventanar
Descrição enviada pela equipe de projeto. O novo edifício da Escola de Arquitetura da Universidade de los Andes encontra-se implantado no coração do campus universitário de Bogotá e representa a última peça do masterplan idealizado por Daniel Bermúdez cuja primeira construção foi o famoso edifício Alberto Lleras, premiado na XIII Bienal de Arquitetura da Colômbia em 1992. Durante o processo de projeto do novo edifício da Escola de Arquitetura, a Bermúdez Arquitectos buscou explorar a qualidade didática do espaço em um “edifício capaz de ensinar”. Um bom projeto de arquitetura é capaz de nos ensinar muitas coisas embora a maioria destas lições, sejam invisíveis aos olhos não treinados dos alunos.
O principal objetivo dos arquitetos era desenvolver um projeto que pudesse materializar em seus espaços, algumas das principais lições sobre o ensino da arquitetura. FAZER VISÍVEL O INVISÍVEL. Ensinar, ou dar significado, supõe trazer o conhecimento à luz para que os estudantes possam apreende-lo. O novo Edifício da Escola Arquitetura está implantado no coração do campus universitário da Universidade de los Andes e cumpre um papel fundamental na conexão de seus espaços e edifícios, tanto no sentido vertical (leste-oeste) quanto horizontal (norte-sul): ele serve como elemento de conexão entre os diferentes níveis do campus, reproduzindo as relações espaciais características de sua topografia.
Conectando os diferentes níveis topográficos do entorno, o novo edifício da Escola de Arquitetura e permite dar continuidade aos percursos existentes no interior do campus, aproximando arquitetura e paisagem. O projeto foi concebido considerando quatro princípios básicos especificados pelo cliente: a pedagogia, ou seja, um edifício que seja capaz de materializar diferentes conceitos relacionados ao espaço e ao ensino da arquitetura. A integração, ou um edifício que aproxime os alunos tanto da própria Escola de Arquitetura quanto do resto do campus, criando espaços de convívio que sejam capazes de fortalecer o sentido de pertencimento e comunidade.
Flexibilidade, que significa um edifício que seja capaz de promover diferentes usos e apropriações de seus espaços e mobiliários que possam promover ainda mais estes princípios. E organicidade, que significa considerar as condicionantes ambientais, elementos pré-existentes e outros elementos espaciais presentes na memória coletiva do campus. O pátio, concebido como um espaço representativo e lugar de encontro da Escola e da Universidade, é considerado o principal elemento de integração do campus - algo que estava que a comunidade acadêmica demandava a um bom tempo. No segundo pavimento, encontram-se os espaços pedagógicos especializados para o ensino da arquitetura. Assumindo a forma de salas multiuso, estes espaços permitem diferentes formas de uso e apropriação. Além disso, os espaços de circulação foram concebidos como áreas de trabalho e convívio, os quais podem ser integrados as salas de aula, graças a um sistema de divisórias móveis.
As salas de aula multiuso são espaços compostos por seis módulos independentes para ministrar cursos de desenho ou projeto de arquitetura em grupos de até 20 alunos. As duas salas de aula centrais podem ser integradas para receber eventos e acolher grupos maiores de até 100 alunos. A cobertura é o ponto final deste percurso arquitetônico. É um lugar no qual os alunos podem encontrar-se com a cidade, com o campus e com a natureza de Bogotá. É o lugar onde os alunos e professores podem relaxar no intervalo entre as aulas, tomar um café ou encontra-se com seus colegas. Um auditório ao ar livre, um espaço para apresentar as maquetes e projetos dos alunos de arquitetura e design. Um espaço para redescobrir a paisagem de nossa cidade e as montanhas do seu entorno.