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Arquitetos: Memola Estúdio, Vitor Penha
- Área: 398 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Alexandre Disaro
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Fabricantes: Casa Franceza, Jf Móveis, LG2 Engenharia, Labluz, Museu do azulejo, Nicla, REKA, Uniflex
Descrição enviada pela equipe de projeto. Apartamento Simpatia, entrando a luz... Em uma cidade tão grande como São Paulo, em um lugar que cada vez mais as casas dão lugar para os prédios, um casal de clientes teve a sorte de encontrar um apartamento térreo com um imenso jardim. Entretanto o espaço era comprido, extremamente escuro e compartimentado em vários ambientes. Eles queriam um espaço que refletisse a suas personalidades, priorizando a conexão entre todo o apartamento e o jardim externo que é praticamente duas vezes maior que a área interna.
Explorar a luz natural foi o ponto de partida deste projeto. As paredes que antes separavam os ambientes, foram demolidas para criar uma maior integração entre os espaços e foram adotadas divisórias em esquadria metálica com vidros, desenhado pelo Estudio, para permitir a permeabilidade da luz dentro da casa. A privacidade dos quartos vem através de uma cortina interna. O mesmo caixilho que divide o apartamento, separa também o banheiro e vidro mosaico permite a privacidade necessária deste espaço.
Deslocar a cozinha, localizada antes no canto menos privilegiado da planta, para a área nobre do apartamento foi uma decisão importante para permitir a integração com a sala e o jardim, uma vez que a atividade principal do casal é cozinhar. Esta integração privilegia a área comum, tudo integrado com o grande quintal verde. A amplitude e a otimização do uso dos espaços nortearam a relação entre os ambientes. A composição entre os materiais de apelo aconchegante, madeira que percorre por todo o piso do apartamento, o ladrilho sextavado na parede da cozinha, ou até mesmo o pergolado de eucalipto, foi considerada para proporcionar um ambiente mais quente e acolhedor para o apartamento cheio de identidade.
A laje em concreto foi mantida e as tubulações de elétrica aparentes - o que permitiu um projeto de luz mais cênico - foram pintadas na cor branca das paredes para se mimetizarem com o conjunto e refletir melhor a luz natural. Nos banheiros, o Gail branco também foi a escolha para se integrar a todo apartamento e as tubulações de hidráulicas aparentes em cobre, criam uma personalidade única ao ambiente. A importância do mobiliário da casa é única e peculiar, dado que o casal desejava criar espaços para a memória afetiva, permitindo que cada canto da casa tivesse sua história. Um apartamento cheio de significados, onde a luz ajuda a contar a cada visitante, um pouco da vida de seus moradores.