- Área: 12000 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Spaceshift Studio/ Pirak Anurakyawachon
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Fabricantes: Adobe, AutoDesk, Trimble Navigation
Descrição enviada pela equipe de projeto. Abrigando um centro de meditação e uma residência para mulheres, este edifício de quatro pavimentos - situado em meio a zona rural de Wat Pa Wachirabanpot - pode parecer escondido e isolado, mas ainda assim, é muito fácil de encontrar em meio a sinuosa paisagem de Chon Buri, cerca de cem quilômetros à sudoeste de Bangkok, na Tailândia.
Cuidadosamente desenhados, cada um dos cem quartos que o edifício abriga oferece deslumbrantes vistas para as montanhas, o lago e a floresta. A estrutura foi majoritariamente construída em concreto aparente, e os espaços internos são despretensiosos para ressaltar a beleza deste magnífico cenário natural.
O grande lago artificial em frente ao edifício foi concebido para cumprir diversas funções. Ele não trás apenas tranquilidade para o ambiente e as pessoas que frequentam o centro de meditação, mas ele funciona também como um reservatório para armazenar a água potável que desce as montanhas. Além disso, o lago protege o edifício dos olhares curiosos das pessoas que passam pela pequena estrada local, afastando as distrações das pessoas que vem até aqui para meditar em silêncio.
Os espaços interiores são amplamente ventilados e iluminados naturalmente. O longo corredor que dá acesso aos quartos foi concebido como uma ponte que flutua entre dois edifícios enfrentados. As varandas possuem diversos tamanhos, criando uma noção de ritmo na fachada - inspirado pelo fluxo respiratório do praticante de meditação. É como uma contagem progressiva e cíclica, que se repete infinitamente em busca de equilíbrio e concentração.
No térreo, um amplo terraço avança sobre a superfície d'água, como se o edifício estivesse se equilibrando sobre uma ponte. A serenidade desta cena pode ser admirada por quem vê de fora, mas somente pode ser experimentada em sua plenitude desde dentro, como a própria atividade da meditação.
O corredor simétrico ao ar livre foi pavimentado com tijolos, emprestando uma paginação de piso de um antigo templo da região em homenagem à arquitetura vernacular tailandesa.
Uma das principais prioridades da experiente equipe de projeto era manter um orçamento econômico, mas sem abrir mão da "expressividade arquitetônica". O resultado disso é uma estrutura simples e desprovida de qualquer elemento supérfluo, meticulosamente projetada da porta de entrada ao mobiliário dos quartos.
À distância, o edifício se revela como uma peça arquitetônica delicadamente encaixada entre a montanha e o lago. De fato, ele foi projetado para 'flutuar' sobre a paisagem, interferindo o mínimo possível no terreno natural. Nenhuma das grandes rochas foram retiradas ou relocadas, elas permanecessem em seus respectivos locais originais - habitando o coração desta nova paisagem construída.