- Área: 447 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Jesús Granada
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Fabricantes: AutoDesk, Carpinterias
Descrição enviada pela equipe de projeto. Além da dificuldade de intervir em um lote muito desigual, estreito e comprido (fachada de 2,20 metros), situado no centro histórico de Sevilha, o projeto deve lidar, ainda, com a presença de uma estrutura metálica abandonada pelo proprietário anterior. Essa estrutura é composta por lajes e pilares que deveriam ser reutilizados e incorporados no novo projeto que, por sua vez, correspondia a um programa muito diferente da ocupação anterior.
Por outro lado, o espaço situado ao final do lote, destinado teoricamente ao jardim, encontra-se rodeado por construções que excedem muito a altura da casa, comprometendo seriamente a privacidade desse ambiente.
A proposta aceita a complexidade dos problemas apresentados, assume as limitações e restrições impostas pela situação e extrai disso a sua força.
A residência assume a organização tipológica que caracteriza a casa típica de Sevilha, ou seja, a sequência: saguão-pátio-sala de estar-jardim, buscando transparências e perspectivas profundas, mas onde o saguão se transforma, aqui, graças a sua condição de espaço-filtro com fechamento duplo (cancela perfurada e porta envidraçada), em um eficiente regulador térmico da casa.
A disposição da escada anexada a uma das empenas permitiu desenhar, sem interrupções, uma longa perspectiva que, da rua, alcança o jardim, onde um sistema perimetral de malhas metálicas dispostas em duas camadas e de grande altura, servirá de suporte para trepadeiras que transformarão este patio de vecinos em um autêntico vergel, em um pequeno, porém intenso, jardim escondido.
Dois grandes balanços levam a casa ao interior do jardim, aproximando-se aos choupos plantados em frente às trepadeiras: um no primeiro pavimento, terraço e alpendre da sala de jantar de verão, e outro, maior e mais esbelto, no segundo pavimento, aloja a escada de acesso à cobertura.