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Arquitetos: Beatriz Empinotti Arquitetura
- Área: 280 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Paula Morais
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Fabricantes: Atlas Concorde, Cia. dos Tapetes, Coifatec, Deca, Decormade, Docol, Gustavo Francesconi, LinBrasil, Ovo, Portobello
Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizado em Curitiba, a Casa Figueiras é resultado da relação harmônica entre volume construído, paisagem, terreno e entorno no qual está inserido.
Os clientes, um jovem casal paulista, deram liberdade criativa para a arquiteta desenvolver um projeto contemporâneo que tirasse o melhor proveito do lote mantendo um amplo jardim. O programa simples, sem excessos, possibilitou um projeto equilibrado entre espaços abertos e ambientes construídos.
Observando da rua vemos dois volumes sobrepostos contrastantes, quanto sua forma e materialidade, que, com o intuito de manter a privacidade de seus moradores, pouco revela do seu interior, lançado mão de poucas aberturas pontuais e elementos vazados.
No jardim frontal, aberto para o condomínio, cacos da mesma pedra que reveste as paredes externas do térreo, guiam o visitante até porta de entrada, camuflada no painel ripado de madeira maciça certificada. O nível térreo se abre internamente em um ambiente fluído e luminoso que dialoga com o jardim através de amplas esquadrias de vidro duplo insulado, que conservam o calor nos dias frios de inverno característicos da região. Nos dias mais quentes, é possível mover os painéis de vidro resultando em grandes aberturas que integram a área interna ao deck do jardim.
A organização da casa reflete o estilo de vida despojado e agregador dos moradores, que estão frequentemente recebendo e hospedando amigos e familiares. No piso térreo está a área social, suíte de hóspedes e área de serviço (as últimas possuem acesso independente pelo jardim no recuo lateral). A área social, completamente integrada, é composta pela sala de estar, sala de jantar, cozinha com churrasqueira e sala de home-theater. Como elemento de ligação desses ambientes foi projetado um móvel de 7 metros de comprimento, que atende várias funções: mesa de jantar, ilha e bancada de refeições da cozinha e churrasqueira.
Cores primárias vibrantes são pontuadas de forma equilibrada contrastando com as superficies de concreto, pedra natural e alvenaria em preto e branco. O mobiliário é uma mistura de móveis projetados pela própria arquiteta e peças contemporâneas e modernistas de designers brasileiros.
O volume superior projeta-se no sentido da rua e explora a plasticidade do concreto aparente moldado in loco produzindo vincos que se prolongam em direção às janelas que enquadram vistas e iluminam a circulação superior que dá acesso às três suítes. As paredes externas das suítes superiores são revestidas, assim como o painel de entrada, por um ripamento de madeira maciça que formam grandes ângulos mantendo o alinhamento das ripas. Os quartos, com suas amplas janelas voltadas para o norte, desfrutam de uma bela vista para um bosque de preservação permanente. A suíte principal tem acesso ao grande telhado verde que se prolonga até ficar bem próximo ao bosque, reforçando o diálogo com a natureza do entorno.